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Celebração dos mortos: Cozido Poblano, culinária mexicana!


Dando continuidade a uma sucessão de feriados que parece não ter mais fim, teremos mais uma parada nesta semana, mais precisamente na quinta feira, que para muitos se prolongará, se transformando no tão almejado “feriadão”!

Provavelmente as estradas ficarão lotadas, pois muita gente aproveitará o feriado para viajar e reverenciar os seus mortos, estejam eles onde estiverem. O feriado em questão é o de finados, quando, seguindo hábitos milenares as pessoas aproveitam para dar uma atenção especial, florindo e cuidando da atual morada daqueles que já participaram efetivamente das suas vidas e posteriormente partiram, deixando marcas, saudades e uma constante lembrança.

A morte, apesar de ser considerada um grande tabu, principalmente na nossa cultura ocidental, está intrinsecamente ligada à vida, visto que uma não existe sem a outra e, queiramos ou não, não temos o poder de inverter esta verdade absoluta que acompanha, inexoravelmente, a trajetória de todos os seres vivos.

Diferem as culturas na maneira de reverenciar os seus mortos, ou para usar um linguajar mais leve: aqueles que deste mundo já partiram, sejam eles ricos ou pobres, belos ou feios, simplórios ou poderosos. Nada neste mundo iguala mais os seres vivos do que o nascimento e a morte, mesmo estando um atrelado à alegria da chegada e o outro à tristeza da partida sem regresso.

Para alegrar mais este feriado, visto que o mundo tem andado muito triste por várias razões, a coluna optou por uma receita típica da mesa mexicana. Este povo, seguindo velhos costumes pré-colombianos, transforma o dia de finados numa grande festa, que gira muito em torno dos preparos culinários, visto que os mexicanos têm o hábito de preparar oferendas (como o famoso pão de morto) para deixar nos cemitérios.


Este cozido tem um sabor muito especial, com uma harmonização perfeita entre carnes e legumes, com o toque perfeito e diferenciado dado por um grande ícone da cozinha mexicana: o milho!

INGREDIENTES:

1 Kg de paleta cortada em cubos

500 Gr de ossobuco

250 Gr de abóbora cortada em pedaços

½ Kg de abobrinha italiana cortada em pedaços

2 Espigas de milho cortados em pedaços

1 Cebola picada

5 Dentes de alho picados

2 Tomates, sem pele e sem semente picados

100 Gr de vagem cortada ao meio

2 Pimentões picados (retire as nervuras e as sementes)

1 Pimenta dedo de moça picada sem as sementes

1 Ramo de coentro

1 ½ litro de água

4 Colheres sopa de azeite

Sal a gosto

PREPARO:

Numa panela grande acomode as carnes, cubra com a água e leve ao fogo para ferver. Assim que levantar fervura, acrescente o sal, o coentro e dois dos dentes de alho. Tampe novamente e volte ao fogo baixo por 45 minutos.

Enquanto as carnes cozinham lentamente, coloque o azeite em uma frigideira e, quando estiver bem quente, junte os pimentões picados, a pimenta dedo de moça, os tomates, a cebola, os três dentes de alho restantes e refogue em fogo baixo por cinco minutos, mexendo sempre para não queimar.

Passados os 45 minutos do cozimento das carnes, acrescente este refogado à panela, misturando bem para agregar ao caldo. Corrija o sal, tampe a panela e deixe no fogo por mais 30 minutos.

Junte, então, os legumes, a abóbora, o milho cortado em pedaços de 3 cm, as abobrinhas cortadas em pedaços e a vagem. Tampe a panela e mantenha no fogo por mais 20 minutos. Sirva bem quente!

RENDIMENTO: 6 Porções!

ACOMPANHAMENTO: Arroz e salada.

Os mexicanos costumam comer o cozido como prato único, pois a receita é bastante substanciosa!

DICA: Se não encontrar ossobuco, ou mesmo se não apreciar, por ser uma carne mais gordurosa, pode substituir por músculo!

NOTA: Na receita original, no lugar do coentro se usa o “Epazote”, que é uma planta herbácea de aroma intenso e sabor muito característico, bastante apreciada pelo povo mexicano e presente em várias receitas desta cultura culinária.

Como não se encontra facilmente o “epazote” por aqui, sugeri o coentro por ter características similares, marcadas pelo aroma intenso e sabor diferenciado.

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