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Uma odisseia em curso


“A competição entre seres humanos e robôs por empregos qualificados e bem remunerados já começou e deverá se acirrar no futuro. Como as máquinas serão mais produtivas em todas as profissões, a renda do trabalho deverá crescer muito lentamente e corre o risco até de encolher”. O prognóstico é feito pelo economista Richard Freeman (Universidade de Harvard) que pesquisa os efeitos do avanço da inteligência artificial sobre economia, educação e mercado de trabalho. ”


Notícia que passou quase despercebida, mas em andamento, como se lê, produzindo efeitos progressivos. Não seria surpresa se muitas empresas e prestadores de serviços – ainda que disponham da informação – imaginem que as implicações do desenvolvimento em questão poderão exigir mais de uma década até se consolidarem por aqui. Não penso assim, até porque o fato já está ocorrendo em diversos segmentos da nossa atividade econômica. É uma realidade, ainda que incipiente.

Olhando pelo retrovisor, desde meados do século passado, e ainda a passos lentos, vivemos uma verdadeira revolução nas comunicações, transportes aéreo e terrestre, linhas de produção, máquinas agrícolas, medicina e farmácia, entre tantas outras. O primeiro satélite artificial – Sputnik (russo) – foi lançado em 1957. Em 1969, apenas 12 anos mais tarde, o homem já pousava na lua! Então...

O maior problema ser enfrentado hoje é lidar com a velocidade do desenvolvimento tecnológico. Preparar e treinar profissionais para o engajamento em um universo de trabalho que requer maior preparo técnico e – por que não, cultural – e que se renova a cada ano (ano?) é tarefa que exige absoluta revolução na forma de se adquirir e transferir conhecimento.

Paulatinamente, o perfil das sociedades vem sendo alterado e a convivência entre robôs e humanos já está a exigir maior familiarização e interação com as máquinas. Robôs inteligentes serão concorrentes mais agressivos e diretos pelos postos de trabalho – em todos os níveis – eis que as atuais tarefas exercidas por todos os integrantes de organogramas de empresas e demais atividades econômicas caminham para o ocaso.

Ademais, o papel a ser desempenhado pelos humanos deverá ser o de gestão e nem tanto mais de execução. Quero crer que a conscientização dessa realidade está a exigir, desde já, uma reformulação na forma de se ensinar, aprender e raciocinar, já a partir da escola.

Uma odisseia em curso!

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