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‘Janeiro Branco’ traz reflexão sobre a saúde mental e emocional


O começo do ano é um bom momento para dar atenção à saúde mental e emocional, relegada a segundo plano e tratada sem a devida atenção muitas vezes. Sendo assim, a oportunidade se apresenta no domingo (21), quando um grupo de psicólogos com atuação em Jaguariúna promoverá atividades do “Janeiro Branco”, que terão início com caminhada a partir das 8h, saindo do Centro Cultural Zi Cavalcanti e terminando no Parque dos Lagos. Na área verde, uma das mais conhecidas da cidade, serão realizadas as demais atividades até o fim do dia.


“A campanha Janeiro Branco pretende estimular a criação de uma cultura da saúde mental no mundo e, ao mesmo tempo, difundir um conceito ampliado de saúde mental e saúde emocional como um estado de equilíbrio, sem o qual não é possível viver satisfatoriamente em sociedade”, explicou Sônia Maria Rovaron Maião, uma das organizadoras. “A campanha também se dedica a mostrar à sociedade a importância da criação de políticas públicas voltadas para essa questão.”

Em 2017, o evento já ocorreu em Jaguariúna e atingiu o objetivo de proporcionar reflexões acerca das emoções e da subjetividade de cada pessoa. “Conseguimos propor a conscientização de que se as coisas não andam bem na sua cabeça, elas não andam bem em lugar nenhum”, recordou Sônia, lembrando que a meta é acolher e ouvir desde a criança até o idoso, no sentido de trabalhar a psicoeducação.

A organizadora enfatiza que a ideia do evento não é convencer as pessoas sobre a necessidade de um acompanhamento psicológico, mas para que aprendem a olhar com mais cuidado e atenção para os próprios sentimentos e emoções. “Atualmente fala-se muito em corpo, em doenças do corpo, em cuidados com o corpo, mas poucos param e olham a saúde das emoções, ao passo que muitas doenças do corpo têm origem emocional.”

O psicólogo Renato Henrique do Couto Melo, psicoterapeuta de crianças adolescentes e adultos pela clínica Holamed, de Holambra, diz que o tema deve ser discutido com frequência dentro de casa, atingindo o objetivo de acabar com esse tabu de que saúde mental é reflexo de “loucura”. “Muitas pessoas têm buscado o auxílio do psicólogo para promover a saúde mental, em resolver problemas muitas vezes cotidianos como questões familiares, do trabalho ou até mesmo para melhor entendimento de si próprio”, pontuou Melo.

Questionado de como é possível reverter uma situação difícil, tal como a depressão (a OMS aponta que a sociedade brasileira é a recordista latino-americana), o especialista responde: “Em uma visão humanista na qual me oriento, acredita-se que toda pessoa tem dentro de si uma tendência ao crescimento, que busca o melhor para si, o psicólogo oferece facilitadores para que essa pessoa possa vir a se desenvolver e melhorar seu sofrimento”, comentou, salientando que o ideal é que “ir ao psicólogo fosse visto como ir a uma academia, uma qualidade de vida física é tanto importante quanto mental”.

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