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Exposição ao sol no dia a dia causa mais danos à pele


Habermann, dermatologista na ASH, diz que poluição dos centros urbanos potencializa os efeitos da radiação

Depois de um começo de ano com clima instável, o sol voltou firme nesta semana e, como já é tradição, traz consigo a preocupação com as doenças da pele. Culturalmente, o brasileiro se lembra do filtro solar apenas na hora do lazer, de pegar uma piscina ou curtir uma praia.

Porém, o dermatologista da Associação de Saúde de Holambra (ASH) Theodoro Habermann Neto (foto) alerta que o sol do dia a dia é mais perigoso. “A fotoproteção urbana é, atualmente, um dos grandes desafios da dermatologia. Isto porque o uso do protetor é muito associação às atividades externas, porém, a exposição diária, durante as atividades rotineiras, como na locomoção a pé, é mais danosa à saúde da pele do que a exposição intencional”, compara.

Habermann, que atua há 20 anos como dermatologista na ASH, comenta que, cerca de 70% da exposição é ocasional. Dados da indústria mostram que apenas 32% dos brasileiros usam bloqueador solar durante todo o ano. “Além da quantidade maior, os danos da exposição ocasional são maiores, porque a poluição atmosférica dos centros urbanos potencializa os efeitos danosos da radiação solar”, acrescenta.


O médico diz que, como os demais problemas de saúde, as pessoas só mudam a mentalidade depois de apresentar uma doença, algo que coloque em risco a vida. Por isso, acrescenta, “todos devem mudar o hábito e se proteger mais”.

“Em Holambra, temos um clima muito quente como toda a região e devemos ter mais cuidado, pois muitas pessoas que vivem na cidade são descendentes de holandeses e a pele mais clara favorece um risco maior de câncer de pele”, avalia Habermann, que também trabalha em um hospital e uma clínica de Campinas.

Cuidados

Como quase todos sabem, o filtro solar ajuda a evitar a maioria dos casos de câncer de pele. “É importante também proteger as cicatrizes, especialmente as novas, que podem ficar escuras se expostas ao sol. Já as antigas também devem ser cuidadas, pois há risco de desenvolvimento de tumores, apesar de ser um evento raro”, explica o dermatologista.

De acordo com o médico, as crianças devem ter atendimento personalizado para que haja tratamento adequado à pele. “Nos menores, o uso do protetor solar tem início a partir dos seis meses, utilizando um filtro adequado para a pele que é mais sensível. É recomendável buscar orientação com pediatra ou dermatologista sobre qual o melhor produto para cada caso.”

Habermann lembra que alguns alimentos podem auxiliar na prevenção aos danos que o sol causa à pele, como por exemplo, cenoura, abóbora, mamãe, maçã e beterraba – frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha de uma forma geral. “São alimentos que contém carotenoides, substância que se deposita na pele e tem importante ação antioxidante”.

“No verão também estamos mais dispostos a comer de forma mais saudável, ingerindo carnes grelhadas, alimentos crus e cozidos; frutas e legumes com alto teor de água e fibras e baixo de carboidratos. Apostar nesses alimentos ajuda na hidratação do corpo, previne doenças e adia os sinais do envelhecimento.”

O especialista também lança preocupação com o bronzeamento artificial, classificado como de alto risco à pele. Sobre as doenças e problemas mais comuns, ele elenca a micose, brotoejas, manchas e sardas brancas e acne solar. Todas são potencializadas quando se há a combinação de sol, areia, praia, piscina e excesso de suor.

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