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Quaresma iniciou nessa quarta



A Quaresma, o período do ano litúrgico que antecede a Páscoa cristã, começou a ser celebrada ontem, quarta-feira. Em Holambra, a missa das Cinzas, na Paróquia Divo Espírito Santo, marcou o início de orações, vigílias e reflexões, que irão até o dia 1o de abril.

Na quarta de Cinzas, o cristão católico recebe um sinal da cruz na testa com as cinzas obtidas da queima das palmas utilizadas no Domingo de Ramos do ano passado. De acordo com a igreja, com a cerimônia de imposição das cinzas inicia-se um período espiritual muito importante para o cristão que almeja se preparar para refletir e viver de forma plena o Mistério Pascal, refletido na Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

O Papa Francisco divulgou ontem uma mensagem aos católicos de todo o mundo, com indicações para a Quaresma, na qual propõe práticas ligadas à oração, jejum e esmola, com atenção aos mais necessitados. “A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos”, escreve.

O Papa parte das práticas tradicionalmente associadas ao tempo quaresmal para apelar à solidariedade, recordando que muitos organismos recolhem, nesta ocasião, donativos “em favor das Igrejas e populações em dificuldade”.

A mensagem apresenta o jejum como “ocasião de crescimento”, colocando-se no lugar de quem não tem “sequer o mínimo necessário”, afetado pela fome. A Quarta-feira de Cinzas é, juntamente com a Sexta-feira Santa, um dos únicos dias de jejum e abstinência obrigatórios para os católicos. Francisco deixa votos de que estes apelos ultrapassassem as fronteiras da Igreja Católica, dirigindo-se a todos os que se preocupam com a “iniquidade no mundo” e o “gelo que paralisa os corações”, com a perda do sentido da humanidade comum. “Uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente conosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos”, apela.

O mesmo apelo inter-religioso estende-se à jornada mundial de oração e jejum pela paz, convocada para 23 de fevereiro, evocando em particular as vítimas dos conflitos na R. D. Congo e Sudão do Sul. “Perante o trágico arrastamento de situações de conflito em diversas partes do mundo, convido todos os fiéis para uma jornada especial de oração e jejum pela paz, a 23 de fevereiro, sexta-feira da primeira semana da Quaresma”, anunciou o Papa.

Francisco alerta, na sua mensagem para a Quaresma 2018, para os “falsos profetas” do dinheiro e do lucro, que considera responsáveis pela violência e o descarte dos mais fracos. “O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, raiz de todos os males; depois dela, vem a recusa de Deus”, adverte.

No que diz respeito à oração e ao recolhimento na preparação para a Páscoa, o Papa dá ele próprio o exemplo, dedicando seis dias aos exercícios espirituais de Quaresma, fora do Vaticano, este ano com orientação do padre e poeta português Tolentino Mendonça, de 18 a 23 de fevereiro. “O elogio da sede” é o tema do retiro do Papa Francisco e da Cúria Romana, na Casa do Divino Mestre, dos religiosos paulistas, em Ariccia, arredores de Roma.

História

Antigamente, na igreja primitiva, a duração da Quaresma variava. Geralmente, tinha início seis semanas (42 dias) antes da Páscoa, o que resultava em 36 dias de jejum, excluindo os domingos. No século VII este número foi aumentado para mais quatro dias, formando assim os quarenta dias da quaresma (exceto os domingos), com a intenção de seguir o jejum enfrentado por Jesus Cristo no deserto.

Em Roma, os fieis começavam a sua penitência pública no primeiro dia da Quaresma, em que eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saia e obrigados a ficarem longe até o momento de reconciliação com a Igreja na Quinta ou Sexta-feira Santa, que antecede a Páscoa. Tais práticas tornaram-se obsoletas no século VIII ao X, em que foi iniciada a temporada da penitencial da Quaresma como símbolo a imposição das cinzas nas cabeças de todos os membros da igreja.

Preparo

A Quaresma é principalmente o tempo de preparação para a Páscoa, que este ano será no dia 1º de abril. Neste período, os cristãos dedicam-se à reflexão, penitência e conversão. Nestes 40 dias, os cristão costumam abster-se de carne, outros alimentos ou até mesmo outras práticas, consideradas “mundanas”, tendo fim no Sábado de Aleluia (31 de março). Viver a quaresma é se aproximar de Deus, seja na oração em família, na leitura diária da bíblia, na caridade e na contemplação das maravilhas criadas por Ele. Outras formas de jejuar é contra a violência, maldade e egoísmo.

Fonte: ofielcatolico.com.br

Quarta-feira de Cinzas: 14 de fevereiro

O começo da Quaresma é sempre na quarta-feira anterior ao Primeiro Domingo da Quaresma – este ano, em 14 de fevereiro. Este dia é marcado por uma celebração, em que o padre traça uma cruz com cinza na testa de cada fiel. Trata-se de uma simbologia para nos lembrar de nossa conversão, de que somos pó e ao pó voltaremos.

Domingo de Ramos: 25 de março

No Domingo anterior à Páscoa – 25 de março, neste ano – a Igreja celebra o Domingo de Ramos. Os fiéis se reúnem antes da Missa e levam um ramo verde. Depois da bênção, entram na igreja em procissão para ouvir o Evangelho da Paixão, lembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

Quinta-feira Santa: 29 de março

Na Missa da tarde, celebra-se a “Última Ceia” que Jesus compartilhou com seus apóstolos. Ele tomou o pão e o vinho e deu graças, instituindo, assim, o sacramento da Eucaristia. Também há o ritual do “Lava-pés”, que celebra a passagem em que Cristo lavou o pé dos discípulos antes da Última Ceia.

Sexta-feira Santa: 30 de março

Jesus morre na cruz, traído por Judas e abandonado por Pedro. É arrastado e sobe ao Calvário carregando a cruz. É o dia mais triste e sombrio para os fiéis.

Sábado de Aleluia: 31 de março

Jesus repousa na tumba. É um dia de silêncio e reconhecimento em que se medita sobre a morte de Cristo na cruz e seu sepultamento. À noite, começa a Vigília Pascal, em que é celebrada a passagem da escuridão para a luz, ou seja, a vitória de Jesus sobre a morte.

Domingo de Páscoa: 1.º de abril

Cristo ressuscitou! É a concretização das promessas feitas por Deus a seu povo. Assim, a festa da Páscoa é o ápice do calendário litúrgico cristão. É um dia de alegria, celebrado com Missa solene. O clero se veste de branco ou ouro, símbolos de alegria e de luz.

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