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Jejum, caridade e oração são as três ‘armas’ da Quaresma, define padre Paulo


Pároco da igreja do Divino Espírito Santo, em Holambra, ressalta que período privilegia o fortalecimento da fé, por meio de práticas do bom cristão

Pascom


A Quaresma (40 dias de preparação para a Páscoa - Ressurreição de Cristo) é o período mais intenso para o católico e é iniciada com a Santa Missa das Cinzas, celebrada nesta semana. “As cinzas são um sinal de sujeição à proposta de mudança de mentalidade. Quem as recebe quer exprimir sua adesão a uma nova dinâmica para as relações do dia-a-dia, baseada na comunhão e unidade com o Cristo e sua Igreja, formando com ela uma luz para o mundo”, explica o padre Paulo Henrique Dias, que há cinco anos é pároco da igreja do Divino Espírito Santo em Holambra.

O pároco acredita que as três “armas” contra o mal na quaresma são: o jejum, a caridade e a oração. “Devem ser uma constante na vida de quem se diz cristão e nessa época isso é mais intenso. Os batizados e incorporados ao Cristo devem fazer o que Ele fez. A partir dessa experiência de 40 dias, podemos notar as consequências benéficas dessas “armas” na prática cotidiana, a caridade nos ensina a partilhar o que temos e somos, o jejum nos torna pessoas mais satisfeitas e agradecidas, a oração nos deixa menos ansiosos e mais atentos ao projeto quisto por Deus aos homens, de unidade e amor uns pelos outros e a Ele, isto é Comunhão”, ensina.

Para o líder católico, a Quaresma é um período privilegiado “de fortalecimento da fé provada pelas práticas do bom cristão, repetindo o que o próprio Cristo fez: jejuou (no deserto), amou aos pobres e distribuiu seus bens (caridade) e rezava”.

Para o padre Paulo, quem pertence a Cristo faz o que ele fez e como ele fez. “A quaresma é um tempo de preparo para a maior festa cristã: a Páscoa. A oração é o sustentáculo da fé. Um meio eficaz de dialogar com a pessoa de Jesus, e com Ele caminhar diariamente. A oração e a Eucaristia são como que um GPS para o cristão que o leva para o céu”, completa.

De acordo com o pároco, a sexta-feira da Paixão somente encontra o seu sentido quando compreendida unida à Páscoa da Ressurreição. “Ambas estão ligadas, porque ressuscitar é vencer a morte! Assim, é necessário adorar a cruz da Paixão como Penhor de Salvação, pois, não existiria a ressurreição se o Cristo não tivesse passado da morte para a vida. Com sua morte, ele sepulta a nossa morte, e, ressuscitado, ele garante nossa ressurreição”.

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O sábado de aleluia é o dia que antecede a Páscoa, neste dia os fieis “encerram” o seu jejum e penitência para viver o grande dia da Ressurreição de Cristo, mas devem continuar em oração e deveres de cristãos, ressaltou o pároco. Ele ensina que o cristão deve considerar a própria fala de Jesus: “se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Todo aquele que comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia (Jó 6 – 53,54)”. Deste modo é impossível viver sem a Eucaristia, finaliza.

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Campanha da Fraternidade

Assim como em todos os anos, a Campanha da Fraternidade aborda um tema para celebrações acerca da dimensão social do pecado. Para este ano, foi escolhida a questão da violência, presente na sociedade e que tem sempre o homem como protagonista.

“Faz-nos pensar que existe sempre um sujeito violento e há sempre uma escolha melhor que passa pela instalação da paz, por meio do diálogo, auxiliados pela caridade e pela fé em Jesus, que nunca pregou uma revolta, nem tampouco a violência em momento algum de sua história”, explica o padre Paulo.

Para o padre, a igreja tem muitos exemplos de santos que viveram de modo muito semelhante ao do nosso Senhor Jesus. “Diferente de Jesus, eles tiveram pecados, mas também diferente de muitos de nós, eles fizeram uma opção fundamental pelo Cristo e seus gestos, suas vidas e seus empenhos foram de tal modo ´cristificados´ que hoje os honramos e os veneramos por seus bons exemplos de força de vontade aliada à graça, como comprimento da palavra de Jesus: sede Santos, porque o vosso Pai celeste é santo. Para nós isso já é uma antiga realidade e uma perene verdade.”


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