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Benefícios do esporte vão além do corpo, diz hipista


Por certo, poucos conhecem o poeta romano Décimo Júnio Juvenal. Mas sua citação, do Sátira X, virou um lema para os amantes do esporte: uma mente sã num corpo são (Mens sana in corpore sano), ou em uma tradução livre, mente sã, corpo são. Para Renan Vicente Prestes Gil, hipista de Holambra e escritor da Editora Setembro, qualquer esporte traz benefícios para o corpo, mente e espírito.

O JC Holambra conversou com o atleta, pois hoje, dia 19, é comemorado o Dia do Esportista, em todo o Brasil. O objetivo da data, além de homenagear o esporte e os atletas, tem a intenção de incentivar e conscientizar as pessoas dos benefícios do exercício físico para uma vida mais saudável e com qualidade.


Entre os vários benefícios do hipismo, Renan aponta o principal, em sua opinião. “Recebi um brinde da revista Horse Business, em 1996, onde estava escrito: ‘uma hora a cavalo valem 100 horas de terapia”.

A paixão ao esporte logo floresceu e com a dedicação e empenho veio os prêmios e as medalhas. Renan conta que aprendeu muitas lições para vida com os cavalos. Ele é formado em Hipologia e trabalha, atualmente, como terapeuta holístico alternativo.

Para Renan, que monta cavalos há 21 anos, a superação no esporte não está em apenas conquistar campeonatos e deixar os concorrentes para trás, mas em vencer as próprias limitações a cada dia e poder se sentir vencedor por transpor os próprios. “O verdadeiro desafio está em saber lidar com as situações imposta pela vida ou pelo esporte, reconhecendo os erros e acertos, aceitando as críticas, se autocorrigindo, fazendo a sua reforma íntima e crescendo a cada dia”, ensina.

Como tudo começou

A vida de Renan no esporte teve início aos 12 anos, quando aprendeu a montar cavalos em um haras, em Capão Bonito (SP), cidade natal. O atleta mora há nove anos em Holambra.


O primeiro esporte hípico que começou a praticar foi à prova do laço comprido estilo campeiro, em que a predominância é a utilização do cavalo da raça Crioulo. O ginete (cavaleiro) utiliza um laço comprido de couro trançado, bastante específico e pesado, geralmente feito a mão onde o desafio é, dentro de uma pista de aproximadamente 100 metros de comprimento, laçar um novilho apenas pelos chifres. “Não fiquei muito tempo nesta modalidade, pois, minha mira não era tão boa (brinca), mas foi onde me apaixonei pelo esporte equestre”.

Com 33 anos ele participou de provas estilo Western como três tambores, Team Penning e rédeas com os cavalos Quarto de Milha. Durante a faculdade, conheceu as modalidades hípicas. “Ganhei alguns prêmios nas provas de equitação portuguesa, onde a principal raça utilizada é o cavalo Lusitano, assim como no adestramento clássico aqui no Brasil, que é a modalidade que prático até os dias atuais, com cavalos Lusitanos e cavalos Brasileiros de Hipismo (raças europeias)”, descreve.

O atleta também participou de vários campeonatos, em sua maioria adestramento e com cavalos dos seus ex-patrões e clientes, em que já teve a satisfação de subir nos três degraus do pódio. “Foram vários 1º, 2º e 3º lugares e, às vezes, fiquei no final da fila, momento em que refleti muito sobre aceitação e saber reconhecer os meus próprios erros. Nos últimos tempos tenho participado ao menos uma vez ao ano, mas agora com meu próprio cavalo”, se orgulha.

Referências

Renan têm várias referências dentro e fora do hipismo e já foi até fã do Month Roberts, o famoso encantador de cavalos, mas fora do esporte, porque o trabalho dele é a domesticação e interação com os animais. Já dentro da modalidade que participa, gosta muito do Edward Gal (Holanda), recordista mundial no esporte com o cavalo Totilas, e Isabell Werth (Alemanha), considerada hoje a rainha do adestramento clássico por estar sempre no topo da lista da FEI (Federação Equestre Internacional). “E também a minha amiga Pia Aragão (Suécia/Brasil), que é referência nacional no esporte hípico brasileiro, e com ela aprendi muito nos últimos quatro anos, montando juntos aqui em Holambra em seu centro de treinamento”, finaliza.

Livro


Apaixonado assumidamente por cavalos, o morador de Holambra se inspirou nos animais do seu esporte para escrever o seu livro, com o título “Reprodução Equina: Manejo de Garanhões”, lançado pela editora Setembro. O livro fala sobre o comportamento sexual dos equinos e discute o planejamento da melhor maneira de manejo do garanhão em sua conduta reprodutiva. Renan foi tratador de cavalos em um haras em Capão Bonito-SP; formou-se como hipólogo no curso de Ciências Equinas pela PUC-PR; atuou como gerente de haras e em centro de reprodução equina, instrutor de equitação e na formação de profissionais para manejo de haras, massoterapeuta para cavalos atletas, terapeuta Reiki para animais enfermos, treinador e competidor de equitação portuguesa e de adestramento clássico; pratica adestramento clássico.

Origem da data

O Dia do Esportista, originalmente, foi criado a partir da Lei nº 8.672, de 6 de Julho de 1993, conhecida como "Lei Zico". No artigo 54 constava que o dia 19 de fevereiro seria destinado como Dia do Esportista. A Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, conhecida popularmente por "Lei Pelé" ou "Lei do passe livre", revogou a Lei Zico, estabelecendo o dia 23 de junho como o Dia do Desporto, mesma data do Dia Mundial do Desporto Olímpico. No entanto, a população mantém a antiga data ainda hoje como o dia para comemorar a prática do esportismo no Brasil.

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