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ABERT divulga relatório sobre Violações à Liberdade de Expressão


A ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) divulgou, no dia 21 de fevereiro, na semana passada, os casos de assassinatos, agressões, ameaças, intimidações, censura e ataques aos jornalistas e veículos de comunicação que aconteceram em 2017. O relatório da entidade registrou um caso de assassinato de jornalista e 82 de violência não-letal, que envolveram pelo menos 116 profissionais e veículos de imprensa.

Segundo o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, os números apresentados continuam mostrando que há uma incompreensão da atividade jornalística no Brasil, além da pouca eficiência do sistema punitivo do Brasil. Em relação ao ano de 2016, houve redução de 50% no número de assassinatos e 52,32% nos casos de violência não-letal.


Para Tonet, a redução é válida, mas não significa que deve ser comemorada. Neste ano, que ainda está no início, já foram registrados dois casos de profissionais da comunicação assassinados. As agressões físicas continuam sendo a principal forma de violência não-letal: foram 35 casos relatados (42,68% do total) em 2017, envolvendo cerca de 60 jornalistas.

Os principais alvos foram os profissionais de TV, jornal e rádio. Os autores das agressões foram, principalmente, ocupantes de cargos públicos. Em seguida, estão populares e parentes dos alvos das reportagens.

O presidente da ABERT também comentou que o Brasil, mesmo sendo um país democrático, segue ao lado de países onde não há democracia nem imprensa livre. Segundo um levantamento da ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF), o Brasil está na posição 103 no ranking de liberdade de imprensa, entre 180 países avaliados. Para a RSF, “jornalistas, blogueiros e comunicadores em geral atuam num cenário de grande vulnerabilidade no Brasil, em particular aqueles que trabalham fora dos grandes centros urbanos”.

As decisões judiciais também estão registradas no Relatório ABERT sobre Violações à Liberdade de Expressão, mas não estão contabilizadas como violência não-letal. Em 2017, houve um aumento de 11,11% dos casos em relação ao ano anterior. Para Tonet, o aumento é preocupante e recorrer à justiça é um direito de todos.

Já o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) coloca o Brasil na oitava posição na lista dos países que possuem mais crimes contra jornalistas sem solução. Na avaliação da UNESCO, “Mais do que nunca, precisamos somar esforços para quebrar o ciclo de violência contra todos os profissionais dos meios de comunicação, por meio da promoção da livre expressão de ideias, da segurança e do combate à impunidade. Somente assim caminharemos rumo a uma sociedade

cada vez mais democrática, tolerante e plural”.

Fonte: http://www.abert.org.br


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