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Personal Trainer explica a importância da atividade física para pacientes com câncer



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A prática de exercícios físicos é fundamental para a melhora da saúde. Já no tratamento de doenças é indispensável. O JC Holambra conversou com o Henrique Stelzer Nogueira, Personal Trainer e Professor Universitário, que atua na prescrição e acompanhamento de exercícios físicos, e atende pessoas com câncer.

Para o professor, o primeiro passo que o paciente precisa dar, é tirar as dúvidas sobre o seu caso e buscar informações técnicas, para que assim, possa tomar as melhores decisões. “Adotar práticas saudáveis, como exercícios físicos, dieta, cuidados com o corpo como um todo, inclusive no aspecto mental-emocional” são hábitos muito importantes e devem ser adotados.

Segundo Nogueira, não existe um nível de doença que impeça a prática de exercícios físicos. Porém, quando a doença atinge níveis críticos, com necessidade de internação e que tenham questões limitantes, o profissional de educação física atua junto ao profissional de fisioterapia e, juntos, adaptam os exercícios para a realidade do paciente. “O simples ato de mexer os braços, a cabeça, o tronco e as pernas, mesmo que minimamente, já podem contribuir de alguma forma”, acredita.


Henrique Stelzer Nogueira

De acordo com o profissional de educação física, qualquer pessoa, em qualquer idade, pode iniciar um programa de treinamento físico. “Em alguns casos, a atividade física pode ser mais lúdica, para crianças, por exemplo, mas, que seja realizada de forma suficiente para gerar adaptações biopositivas”, explica.

Quando se trata do período pós-câncer, por exemplo, os pacientes sobreviventes que não adotam hábitos saudáveis podem desenvolver outros problemas de saúde posteriormente, como: hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, insuficiência renal, entre outras doenças. “Podem inclusive desenvolver outro tipo de câncer, tudo isso em decorrência do tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia”, alerta.

Já os pacientes que adotam hábitos saudáveis, os problemas de saúde posteriores são menos comum. “Deve-se ter em mente que os efeitos colaterais do tratamento podem ser agudos (momentâneos) ou tardios (anos após o fim do tratamento)”, salienta.

No que diz respeito à prática de atividades físicas regulares, existe um cuidado a mais com o paciente, em decorrência da doença e do tratamento. Porém, nem sempre a fragilidade se faz presente. “Temos casos em que pacientes, em pouco tempo após o tratamento, conseguiram completar provas de corrida de rua, algo que a maioria não consegue realizar, mesmo os ditos saudáveis”, compara.

Nestes casos, Nogueira explica que há uma preparação, desde o diagnóstico ou o início do tratamento, e se tratam de pacientes que realizaram treinamento físico nesses momentos e continuaram após o fim do tratamento. “Portanto, não gosto de pensar nos pacientes como pessoas frágeis, mas, como pessoas com necessidades específicas que devem ser atendidas, sem preconceitos, com respeito e com dignidade”, esclarece.


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