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Departamento faz alerta sobre câncer de bexiga


Tabagismo tem ligação direta com câncer de bexiga; conscientização ganha reforço em maio

A ligação – muitas vezes fatal – entre cigarro e câncer é de conhecimento geral. E para reforçar o quanto o tabagismo contribui para o surgimento do câncer de bexiga, a Sociedade Brasileira de Urologista escolheu o mesmo mês em que se combate o tabagismo – 31 de maio é o Dia Mundial Sem Tabaco– para fazer um alerta sobre este tumor.

O urologista da rede municipal de Saúde, Humberto Marino de Lúcia, participou de um congresso neste mês e um dos focos foi a ligação entre cigarro e câncer de bexiga. O médico informou que 70% dos pacientes com câncer de bexiga são tabagistas, sendo que a proporção é de três a quatro homens para uma mulher.

Mas alertou: o surgimento de câncer de bexiga tem aumentado entre as mulheres e está ligado à exposição ocupacional, principalmente trabalhos em indústrias siderúrgica, automotiva, de papel, têxtil e de couro, além de ocupações que exigem a manipulação de tintas e corantes (salão de beleza), entre outras.


Dr. Humberto: mês contra tabagismo ganhará alerta sobre câncer de bexiga

O urologista informou que o fumante tem de 4 a 6 vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga e, por isto, é conveniente reforçar o alerta sobre a doença no mês dedicado ao combate ao tabagismo. “E se o paciente continua fumando após a identificação da doença, ele contribui para aumentar a progressão do tumor. Se está com câncer, é preciso parar de fumar e o fumante passivo também corre riscos”, resumiu.

Hematúria

Sangue na urina (hematúria) é o primeiro sinal de alerta do câncer de bexiga. Dr. Humberto explicou que, atualmente, devido ao aumento de exames como ultrassom e tomografia, é mais comum encontrar tumores precocemente, e informou que, em relação ao câncer de bexiga, o paciente chega ao consultório com queixa de sangue na urina (este sangue deixa a urina vermelha). Em alguns casos, este sintoma está relacionado a outras doenças, mas o urologista reforçou que o paciente precisa procurar atendimento caso perceba este sinal.

Explicou que como não há rastreamento para o câncer de bexiga – como acontece com o câncer de próstata – é o sangue na urina que pode levar ao diagnóstico. Dr. Humberto informou que a doença é mais comum entre os 60 e 70 anos, faixa etária que compreende pacientes que já passam por exames de rotina. “Se eles queixam de sangue na urina, são encaminhados para exames. Mas em alguns casos, a pessoa vê o sangue na urina apenas uma vez e não fala para o médico. Pode ser que o tumor sangrou e parou, mas continua lá”, explicou, ao reforçar a importância de relatar este sintoma ao médico.

Na urologia, Dr. Humberto informou que o câncer de bexiga ocupa a terceira posição: perde para o de próstata e de rim. “Quando diagnosticado no início, tem praticamente 90% de chance de cura. O diagnóstico é feito por imagem e o tratamento varia conforme o tumor”, disse, ao citar que o tratamento vai de uma ressecção do tumor até a retirada da bexiga.

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