Segundo relatório das Nações Unidas divulgado em novembro, as emissões de gases de efeito estufa aumentaram no ano passado (2017), depois de três anos de estabilização. O estudo mostra que as emissões globais atingiram níveis históricos de 53,5 gigatoneladas de gás carbônico equivalente. Isso significa que, se persistir a tendência atual, até o fim do século, a temperatura global poderá subir pelo menos 3º Celsius (ºC).
Essa alta nas emissões de gases de efeito estufa ameaça as metas estabelecidas no Acordo de Paris, e para reverter a tendência negativa, o mundo vai precisar agir rápido e com mais empenho. Limitar o aquecimento a 2ºC exigirá que os países tripliquem seus esforços de combate ao aquecimento global até 2030, ou quintupliquem as ações para garantir um aumento da temperatura abaixo de 1,5° C, pelos cálculos da ONU.
De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), para limitar o aquecimento abaixo de 1,5 ° C, as emissões de CO2 devem diminuir em 50% até 2030 e chegar ao zero líquido por volta de 2050.
O Brasil possui contribuições de mitigação para os anos 2020, 2025 e 2030, presentes na Lei nº 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC); no Decreto nº 7.390/2010, que regulamenta a PNMC; e na Contribuição Nacionalmente Determinada (CND ou NDC) do Brasil, no âmbito do Acordo de Paris.
Nesse sentido, uma iniciativa desenvolvida no interior do estado de São Paulo chama a atenção pelo ineditismo. No município de Holambra (a 130 km da capital), a instituição de ensino superior FAAGROH (Faculdade de Agronegócios de Holambra) é responsável pelo projeto Foot Print Zero, que consistem no plantio de mudas de árvores para neutralizar a emissão de gás carbônico. “Estamos afinadíssimos com a preocupação climática, por isso desenvolvemos ações práticas”, emenda o diretor institucional da FAAGROH, professor Geraldo Eysink.
Ele explica que alunos, professores e colaboradores da Faculdade de Agronegócios de Holambra, preocupados com a sustentabilidade e na busca por evitar consequências do desequilíbrio ecológico, têm por iniciativa, anualmente, plantar a quantidade de árvores correspondente ao montante de CO2 emitido pelos veículos usados para translocação dos colaboradores, professores e alunos até a faculdade, que neutralizam o total de tal substância emitida durante todo o ano letivo.
Na mais recente ação, no sábado (8 de dezembro), foram plantadas 642 mudas de árvores nativas ante 83,37 toneladas de dióxido de carbono emitidas deste o início. O plantio foi próximo à nascente que percorre o Centro Esportivo Tubantia, em Holambra, para sua respectiva recuperação, a qual além de fornecerem água para os córregos e rios que abastecem toda a cidade, também são fonte de vida para outros organismos. As espécies escolhidas são pertencentes ao bioma Mata Atlântica, de suma importância, principalmente, por ser um dos mais biodiversos e desmatados do país.
“A instituição preza pela preservação do meio ambiente, pois o mundo inteiro é afetado pelo aquecimento global. Para isto, a forma de amenizar os efeitos é não cortar as árvores, mas sim plantá-las”, defende Eysink.
Eysnk acredita que por trás do projeto existe, em primeiro lugar, a conscientização do efeito global, e em segundo é mostrar que existem soluções. “Outro objetivo do projeto é tornar o aluno consciente que o agronegócio depende da água e que a problemática do aquecimento pode até se tornar um negócio. Ele pode abrir um viveiro ou coordenar um projeto de recuperação”, observa o diretor.
Além disso, informa Eysink, as mundas são produzidas pelos próprios alunos dos cursos de engenharia agronômica e o de área de agronegócios com ênfase em horticultura no decorrer do ano.
Aulas 100% práticas
Todos esses diferenciais demonstram todas as peculiaridades da FAAGROH, primeira faculdade do Brasil com instalações abertas e aulas 100% práticas, que completou um ano de funcionamento no dia 14 de agosto de 2018. A instituição iniciou as atividades ofertando o curso de área de agronegócios com ênfase em horticultura, formando a primeira turma, e no primeiro semestre de 2018 trouxe mais uma novidade, o lançamento do curso de engenharia agronômica.
Dentre os diferenciais, se destaca sua base curricular ampla, generalista e que, ao mesmo tempo, foca no processo de produção agrícola de culturas intensivas, estendendo a visão do aluno, garantindo sua formação para atuação nas mais diversas áreas do agronegócio.
Os cursos ofertados na FAGROH, em Holambra, têm por si só é um diferencial exclusivo: um campus totalmente dedicado ao agronegócio e desenhado para quebrar paradigmas clássicos do ensino. Sem salas de aula clássicas e com laboratórios e aulas em campo integradas, onde o aluno tem a possibilidade de vivenciar a nova modalidade de ensino, com aulas 100% práticas.
A novidade pode ser conferida de perto, uma vez que a FAAGROH está aberta diariamente de segunda a sexta-feira, a partir das 14h, para visitação. Quem tiver interesse em ingressar em um dos cursos, pode agendar a prova do vestibular continuado no 0800 775 55 55 ou no site da faculdade (faagroh.edu.br). O campus da FAAGROH fica à Estrada Municipal HBR 40, Gleba 5E, Seção C, Bairro Fundão - Holambra-SP.