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Coluna Ponderando: Estamos sendo, todos, manipulados

Por Roberto de Athayde



Sapeando a internet pela manhã na tentativa de atualizar-me sobre os acontecimentos mundanos deparo-me, como habitualmente, com notícias irrelevantes para meu crescimento e erudição(?). Ainda que não as leia, os olhos, por segundos, passam por algumas deixando registros em meu cérebro. Inevitável que assim seja e os marketólogos sabem muito bem disso. Uma enxurrada de futilidades, não poucas disponibilizando o gosto discutível de matérias, certamente pagas, em uma espécie de lavagem cerebral. Somos prisioneiros de uma tecnologia perversa que nos impõe–mediante a aplicação de técnicas cognitivas – assimilar muito do que não queremos. Inclusive enxurradas de mensagens publicitárias indesejáveis.

Talvez seja por isso que o celular passou a se integrar como a quarta parte do corpo humano. Tem gente que até tomando banho dele não desgruda...

Mas voltando “à vaca fria”, eis algumas das pérolas que sou obrigado a passar os olhos antes de chegar às informações sérias e importantes que podem contribuir para meu entendimento de como anda o mundo chacoalhado por Trumps, Xi Jinpings, e por aqui, pitadas do JMB: “Mulher sem vergonha: Gorda transa, sim”. “Detento passa mal após engolir papelotes de maconha e cocaína em penitenciária”. Profundo!

Argumentar-se-ia que, jornalisticamente, trata-se de um mosaico de informações que, cuidadosamente, atingem interessados - e nem tanto- promovendo o “aculturamento” de internautas cultos e incultos. Uma máquina! Os aficionados alegariam que ninguém é obrigado a acessar nada. Verdade. É como tentar comprar produtos industrializados sem conservantes, ter olhos de lince para ler rótulos e acreditar no que está impresso!

Mas informações que podem afetar nossas vidas tendem a passar batidas como a que coleta e tratamento de esgoto inexistem para mais de 100 milhões de brasileiros (somos 209 mi), indicadores de terceiro mundo! Ou, que o Prêmio Nobel 2019 foi para três cientistas que revolucionaram a tecnologia desenvolvendo baterias de ions de Lítiousadas em celulares, carros elétricos, armazenando energia de fontes renováveis tanto solar quanto eólica.Maravilha!

E por que “batidas”?Porque são notícias quenos fazem pensar e raciocinar sobre o mundo em que vivemos, qual nosso papel e contribuição a ser dadadentro do contexto, olhar à volta e em frente, desgarrar-se damanada. Simples assim.

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