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Dengue: já são 45 casos confirmados em Holambra

Uma dor insuportável, febre e total falta de apetite. A manicure Talita dos Santos está entre os 45 holambrenses que contraíram dengue este ano. O número quase dobrou em relação ao ano passado, quando foram confirmados 24 casos. Já em 2017 foi apenas um registro.

Outro fator que chama a atenção é o aparecimento de casos no final do ano, uma vez que a maior incidência acontece entre os meses de fevereiro e abril: foram quatro em agosto e seis em setembro. E Talita foi o único caso confirmado em outubro. Ela disse que logo na primeira consulta, na Policlínica, já suspeitaram de dengue. “Fiquei 10 dias sem conseguir trabalhar direito. Não suportava nem sentir o vento na pele, pois doía muito”. Sem se alimentar, precisou ser hospitalizada para tomar soro.


Ela confessa que, antes de saber que era dengue, não se importava muito com a doença. Mas, agora, seus hábitos mudaram: até pede a ajuda dos vizinhos, para que vejam se não há água parada em suas casas. E completou: os agentes comunitários fizeram busca ativa perto de sua casa e do local de seu trabalho, ambos na área central. “Não encontraram nada. Mas agora sei que até água do degelo da geladeira pode ser um criadouro”, exemplificou.

Casos e criadouros


Até a última quarta-feira, 134 suspeitas foram descartadas (negativas para dengue) e três holambrenses ainda aguardavam o resultado dos exames.


Dos 45 casos registrados, a concentração acontece no centro e condomínios (oito casos), Imigrantes e Vila Nova (seis) e Nova Holanda (seis), totalizando 20. Os 25 restantes estão espalhados pelos demais bairros.


O diretor de Saúde, Valmir Iglecias, informou que são mais raros os casos na área rural e pediu a colaboração da população – principalmente por se tratar de um período de chuvas – para a eliminação dos criadouros. “Segundo pesquisas, a maioria dos criadouros está dentro das casas”, disse, ao citar os pratinhos com água sob os vasos, o depósito das geladeiras e até sobras de obras que se acumulam nos quintais. “A falta de colaboração e cuidado da população para as ações preventivas, o desequilíbrio ambiental e o acúmulo em reservatórios de água, principalmente de água de chuva armazenada incorretamente, têm colaborado para o aumento dos casos”.


E alertou: muitos continuam jogando lixo em terrenos baldios, colocando em risco a saúde dos moradores.


Valmir completou que o departamento trabalha diariamente com visitas casa a casa e intensifica ações preventivas em lugares com possíveis criadouros.


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