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Desafio da retomadado turismo em tempos de pandemia

Aumento no número de casos deixa população apreensiva, mas vacina trás esperança


A pandemia não acabou, que fique claro. Entretanto, em comparação com o início, quase toda a cidade já voltou a funcionar. Ponto forte da economia de Holambra, o turismo foi um dos setores que teve que “se virar”, para continuar sustentando as famílias holambrenses. “Caiu o número de turistas, mas não zerou”, foi o que informou a técnica nessa área, Tatiana Bertolazo, que trabalha no ramo alimentício junto a guias da cidade. Ela testemunha que todos os cuidados foram seguidos, na medida do possível.


Alguns moradores discordam. Maria Aparecida Custódio, que vive no bairro Camanducaia, diz que vê muitos vizinhos andando por aí sem máscara. “Aqui e no Imigrantes, onde mora minha sobrinha, não mudou nada desde o início. No Centro o povo está mais vigilante, mas inda assim vi pessoas com a máscara no queixo”, reclama. Ela expressa na voz o temor de pegar Covid -19, já que faz parte do grupo de risco por ser idosa e ter diabetes.


Para a Prefeitura, foi feito o melhor no quesito orientação. “O Departamento de Turismo e Cultura de Holambra segue, desde o início da quarentena, no primeiro semestre de 2020, todas as normas sanitárias e orientações relativas à prevenção propostas pelo Plano São Paulo, do Governo do Estado. A atividade turística foi fortemente impactada nesse período em função dessas ações – e vem registrando retomada gradativa nos últimos meses, a exemplo do que acontece em todo o país, sem abrir mão dos protocolos adotados anteriormente. A prevenção mais eficaz contra o novo coronavírus segue em torno de cuidados individuais como uso de máscara de proteção facial, distanciamento social e higienização regular com água e sabão ou álcool em gel”, declarou em nota.


Interessante é reparar na relação entre o número de casos registrados e na fala dos entrevistados: o bairro Imigrantes, citado por Maria, é o que mais tem vítimas. Entre as zonas mais periféricas e rurais, o Camanducaia também apresentou contaminados. Nenhum lugar escapou, o que evidencia a gravidade da doença. Veja o índice atualizado nesta quinta-feira dos infectados em Holambra.


Legenda: gráfico disponível no site www.holambra.sp.gov.br/2017/coronavirus.


A taxa de ocupação em leitos de UTI nas cidades da região era de 67,5%, até o dia 15 de janeiro, semana passada. Maria não conheceu ninguém que tenha ficado em estado grave, mas salienta: “Ainda pode acontecer, estamos vendo muitos jovens internados na Capital”. Para Tatiana, entretanto, o sentimento é de esperança, com a aprovação emergencial das vacinas: “As pessoas estão voltando a se animar para visitarem Holambra e, mesmo com restrições, temos muito a oferecer em termos de experiências de turismo”, corrobora. O que há de comum entre as duas é a opinião de que o cuidado dos moradores não pode relaxar e por ser uma cidade pequena, em Holambra, todos dependemos uns dos outros.


Legenda:Veja o uso correto de máscara. Ilustração: governo do Estado do Alagoas

Noemi Almeida

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