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Dia do Amigo: Amizade na infância ajuda a evitar depressão na vida adulta

Segundo especialista, fazer amigos está entre as cinco principais habilidades infantis que precisamos resgatar no século XXI. Entenda como nutrir amizade entre as crianças



No próximo dia 20 de julho, comemora-se o Dia do Amigo, data que nos faz celebrar a amizade e os vínculos com pessoas importantes da nossa vida. Segundo a psicóloga e educadora criativa Bianca Solléro, a amizade é a primeira das cinco principais habilidades infantis fundamentais para sobrevivermos aos avanços e desafios do século XXI, seguida de persistência, curiosidade, autoconfiança e emoções expressas. “Seja real ou virtualmente, é preciso aprimorar a arte de se aproximar, de gerar contatos e criar relações, para que possamos atualizar a nossa forma de ver o mundo e sobreviver à tantas transformações sociais e tecnológicas, com o mínimo de saúde mental e emocional”, explica Solléro.

Segundo ela, esse é um dos ingredientes que contribuem para que a criança esteja menos propensa a desenvolver problemas psicológicos durante a vida, principalmente a depressão. Até 2020, esta será a doença mais incapacitante do planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde. “Precisamos rever com urgência a forma com a qual educamos as crianças, para que elas não passem por algo ainda pior do que o cenário de doenças mentais e psiquiátricas com que convivemos hoje”.

A criança já nasce com a habilidade de fazer amigos de forma natural, pois seu pensamento demora a captar barreiras sociais impostas. “É isso que permite às crianças se doarem a quem elas gostam. Se uma criança gostou do picolé que a outra criança está tomando, do que ela está vestindo, do seu jeito de falar, do seu brinquedo ou do seu sorriso, essas crianças se aproximarão”.

Ela explica que, se os adultos não interferirem e respeitarem os limites das crianças tímidas, há maior probabilidade de elas se aproximarem de alguém de forma natural e saudável. “Em vez de sugerir: ‘vai lá conversar com o amiguinho!’, experimente aguçar sua curiosidade, como: ‘olha que legal o que ele está fazendo’, ou ‘o vestido dela é da mesma cor que a sua blusa, vocês têm algo em comum’. Se mesmo assim, ela preferir não ir, respeite”.

Para nutrir na escola essa habilidade natural de fazer amigos, é interessante propiciar a formação de grupos com coleguinhas diferentes, além de promover atividades de intercâmbio entre classes. Uma dica para educadores é sugerir trabalhos que façam uso de entrevistas com pessoas que a criança tem pouco contato.

Fazer amigos na infância pode interferir ainda nas relações familiares e interpessoais durante a vida adulta. “Essa habilidade está relacionada ao carinho e ao cuidado com o outro. Resgatá-la pode facilitar diálogos saudáveis e nutrir vínculos mais duradouros”. Já no cenário profissional, a amizade é extremamente valiosa na ampliação de networking. “À medida que seus contatos são nutridos e se transformam em relacionamentos, eles podem funcionar como facilitadores de recursos econômicos, otimização de tempo e solução de problemas”.

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