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Especialistas falam sobre cuidados para evitar a hanseníase

Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o Brasil no segundo lugar no mundo em casos dessa doença



O mês de janeiro é considerado o mês de conscientização sobre a hanseníase. Não se pode esquecer, porém, que a doença afeta a população também em outras épocas do ano. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o Brasil no segundo lugar no mundo em casos de hanseníase. Entre 1999 e 2018, foram diagnosticados 768.215 casos desta doença, que pode ser detectada com facilidade. Mesmo com as constantes campanhas educativas, com foco no diagnóstico precoce, a detecção de novos casos tem indicado uma média de 38 mil registros por ano, no período.


Como detectar a hanseníase?

A doença se manifesta principalmente por meio de lesões e manchas na pele e sintomas neurológicos, como dormência e diminuição de força nas mãos e nos pés. Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos e, principalmente, da capacitação do médico. De acordo com Sergio Palma,presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante alertar que quando descoberta e tratada tardiamente, a hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas”.


Como a hanseníase é transmitida?

Ao contrário do que se pensa, tocar uma pessoa com hanseníase não transmite a doença. Isso significa que a hanseníase não é transmitida pelo contato físico, mas sim pela inalação contínua de gotículas de saliva ou secreções do nariz infectadas pelo bacilo.


A hanseníase leva a morte?

Carregada de estigmas, a hanseníase apresenta uma taxa de mortalidade relativamente baixa, em comparação com o número de casos diagnosticados no período. Entre 2008 e 2017, em todo o Brasil foram registrados 1.801 óbitos decorrentes dessa doença. .


A hanseníase tem cura?

De acordo com Egon Daxbacher, diretor da SBD e especialista na doença, o diagnóstico precoce é muito importante e crucial para o controle da doença. “Se o paciente conta com atendimento médico e dos outros profissionais da equipe de saúde e toma seus remédios vai ficar bem. Mas se não houver acompanhamento e adesão ao tratamento, a hanseníase evolui, com possibilidade de aumentar o dano neural. As manchas reduzirão e o doente deixará de ser um agente de transmissão, mas as perdas motoras não serão recuperadas. Em decorrência, essa pessoa exigirá acompanhamento multiprofissional e de médicos de diferentes especialidades para não se lesionar e reduzir o risco de ficar incapacitada”, disse.

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