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Hoje o dia é dele: o Chocolate!

Quase uma unanimidade, a iguaria derivada do cacau guarda uma importância econômica tão grande que possui uma data para ser celebrada, o 7 de julho



Tudo começou na América Latina

Os 4000 anos de história do chocolate começaram na Mesoamérica antiga, o atual México. Foi aqui que as primeiras plantas de cacau foram encontradas. Os Olmecas, uma das primeiras civilizações da América Latina, foram os primeiros a transformar a planta de cacau em chocolate. Estes bebiam o chocolate durante rituais e usavam-no como remédio.

Séculos mais tarde, os Maias apelidaram o chocolate como a bebida dos deuses. O chocolate Maia era uma venerada bebida feita de sementes de cacau torradas e moídas misturadas com malaguetas, água e milho. Os Maias deitavam essa mistura de um pote para outro, criando uma espessa bebida espumosa chamada "xocolatl", que significa "água amarga".

No século XV, os Astecas usavam os grãos de cacau como moeda de troca. Acreditavam que o chocolate era um presente do deus Quetzalcoatl, e bebiam-no como uma bebida refrescante, um afrodisíaco, e até mesmo para se prepararem para a guerra.


O chocolate chega a Espanha

Ninguém sabe ao certo quando o chocolate chegou a Espanha. A lenda diz que o explorador Hernán Cortés trouxe o chocolate para sua terra natal em 1528.

Acredita-se que Cortés tenha descoberto o chocolate durante uma expedição às Américas. Quando buscava ouro e riquezas, encontrou uma chávena de cacau oferecida pelo imperador Asteca.

Quando Cortés voltou para casa, introduziu as sementes de cacau em Espanha. Embora ainda servido como bebida, o chocolate espanhol foi misturado com açúcar e mel para adoçar o seu sabor naturalmente amargo.

O chocolate rapidamente se tornou popular entre os ricos e abastados. Mesmo os monges católicos adoravam o chocolate e bebiam-no para ajudar nas práticas religiosas.


O chocolate seduz a Europa

Os espanhóis mantiveram o chocolate em segredo durante muito tempo. Demorou quase um século até esta maravilha chegar à vizinha França e ao resto da Europa.

Em 1615, o rei francês Luís XIII casou-se com Ana de Áustria, filha do rei espanhol Filipe III. Para celebrar a união, trouxe amostras de chocolate até à corte francesa.

Seguindo o exemplo francês, rapidamente o chocolate chegou à Grã-Bretanha a "casas de chocolate" especiais. À medida que a tendência se espalhava pela Europa, muitas nações começaram as suas próprias plantações de cacau, em países ao longo do Equador.


A revolução do chocolate

O chocolate permaneceu imensamente popular entre a aristocracia europeia. Os Reis e as classes superiores consumiam o chocolate devido aos seus benefícios para a saúde, bem como pelo prazer.

O chocolate ainda era nesta altura produzido à mão, o que queria dizer que era um processo lento e laborioso. Mas, com a Revolução Industrial quase a chegar, tudo estava prestes a mudar.

Em 1828, a invenção da máquina de prensar revolucionou a produção de chocolate. Este dispositivo inovador permitia espremer a manteiga de cacau dos grãos torrados, deixando um pó de cacau fino.

O pó foi então misturado com líquidos e colocado num molde, onde solidificou numa barra comestível de chocolate.

E assim, nasceu a era moderna do chocolate.



Curiosidade:

O Brasil é um país com condições ideais para o cultivo. Além da região da Amazônia, Bahia (Ilhéus) e Espírito Santo são os principais estados produtores. O Brasil é o quinto maior produtor de cacau do mundo, incluindo cacau fino (que é menos ácido e menos amargo, usado em chocolates premium), mas muito pouco dessa produção fica no país. Sempre é necessário importar para abastecer o mercado interno.


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