Faltando poucos dias para o início de novos mandatos nos governos Federal e Estadual, brasileiros de todo o país aguardam com apreensão e expectativa as mudanças previstas, sobretudo em Brasília. Eleito no segundo turno, em 30 de outubro, Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, assumirá a presidência pela terceira vez após vencer Jair Bolsonaro, do Partido Liberal, nas urnas. A ansiedade com essa virada é grande, em especial pelo modo frontalmente distinto de governar da atual administração e daquela que está por vir.
“Espero que o mercado estabilize. E também espero melhora no mercado de trabalho, mais vagas de emprego”, é o desejo da holambrense Gabriela Olegário que é funcionária pública e engenheira civil. Para ela, que é moradora de Holambra, o principal feito que aguarda da próxima gestão é a estabilização do custo de vida.
Fator esperado também por Otávio Alcântara, que é arquiteto e reside na cidade há 17 anos. “Estou na expectativa que tenha um fortalecimento na parte econômica e na saúde do país. E que tenha a real democracia. O que temos que fazer é pensar positivo e torcer para que tudo dê certo. Que o presidente eleito faça um bom e justo governo”, afirma.
Após a apuração das urnas e a confirmação da vitória de Lula,
cidadãos apoiadores do movimento bolsonarista iniciaram protestos em diversas cidades, contestando o resultado. Até o momento do fechamento desta edição, as manifestações completaram 54 dias em frente aos quartéis, tiros de guerra e rodovias do país. “Acredito que o protesto é um aviso ao governo de que temos que mudar algo. Entretanto, as manifestações realizadas são válidas em certo ponto [quando tratam de] aumento de impostos ou qualquer outro fator público que convém ao cidadão. Em relação as manifestações sobre troca de governo, creio que temos que ter a empatia de que estamos em um país democrático e a quantidade favorece o eleito”, opina o arquiteto.
O ato de manifestar é constitucional, fazendo parte da democracia. E diante de ações governamentais que prejudicam a maioria, interferindo negativamente no desenvolvimento da nação, os protestos são protegidos por lei. “Vamos aguardar o que novo governo vai fazer a partir de janeiro. Espero que seu mandato seja positivo. Caso contrário teremos todo direito de nos manifestar e cobrar”, avalia Marcos Eduardo Tiúba, designer gráfico e DJ, nascido em Holambra.
Para Tiúba, o desafio será a saúde, pois o país possui reflexos da pandemia, sendo necessário o investimento em hospitais e locais de atendimento médico. Outro ponto que ficará no radar do designer será a educação.
“Hoje os jovens não dão muita atenção aos estudos e ao trabalho. É preciso trabalhar para motivar os jovens a estudar e ter foco maior em conseguir um bom emprego. Também uma atenção à cultura e jovens talentos. Temos grandes artistas que precisam de uma atenção. Jovens talentos da música, dança, arte e esporte. Acredito que todo mundo merece um espaço para se apresentar e se aperfeiçoar. Sou artista desde os meus 15 anos. Acredito que todo mundo precisa ter uma oportunidade e incentivo a seguir seus sonhos”, ressalta.
Independente da opinião pessoal e divergências políticas os cidadãos esperam mudanças em todas as pastas governamentais para o Brasil continuar crescendo, além de estarem comprometidos com a democracia e garantirem que vão acompanhar as tomadas de decisões dos eleitos.
Nathália Ferreira