A pandemia da Covid-19 mudou radicalmente o estilo de vida de muita gente. Levou a maioria das pessoas, literalmente, para dentro das residências, por causa da necessidade do isolamento. Isso significou trazer o trabalho para casa, o que provocou uma verdadeira revolução nos ambientes domésticos. Foi necessário transformar uma rotina que, para muitos era esporádica para algo que está durando muito mais que o planejado.
Para muita gente, esse desafio se tornou necessário. A atividade profissional assumiu um lugar permanente em muitos lares brasileiros.
Essa realidade chegou de forma inesperada para Cecília Medeiros, sócia de um pequeno escritório de advocacia, que do dia para a noite se viu obrigada a trabalhar em casa, “a decisão sair do escritório foi para cortar custos”, diz, dessa forma a advogada precisou encontrar uma solução e adaptar um pequeno espaço de trabalho na sua sala. Ela investiu numa pequena e funcional estação de trabalho, que quando não está em uso fica presa à parede, não atrapalhando assim o espaço da família, salienta porém a importância de criar uma rotina de trabalho para “atender a tudo e a todos”.
Fazer home office tem suas vantagens, o benefício de que as pessoas sejam donas do próprio tempo e possam trabalhar em horários alternativos é um grande atrativo para muitos.
Para Juliano Souza, designer de interiores, o home office “caiu como uma luva! atendo a demanda dos projetos nos horários em que me sinto mais produtivo, o que geralmente acontece a noite”, diz. Quando questionado sobre as desvantagens, Juliano garante que nada substitui o contato com as pessoas, a troca de ideias, as conversas e as boas risadas com os amigos do trabalho, ”mas não dá para ser tudo perfeito”, finaliza.
De acordo com dados do IBGE, em 2018, 3,8 milhões de pessoas já trabalhavam de maneira remota. Com a pandemia, em 2020, esse número saltou para 8,9 milhões. Muita gente já assumiu de vez essa realidade do home office que se tornou padrão para pelo menos 43% das empresas do país.