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Hortitec sedia lançamento de novo conceito para a cadeia produtiva

Feira terminou na última sexta (29) ; são cerca de 420 expositores e são esperados 30 mil visitantes

Helga Vilela



Terminou na última sexta-feira (29) a 26ª Hortitec, exposição técnica de horticultura, cultivo protegido e culturas intensivas. A feira é passagem obrigatória para produtores de hortaliças, frutas e flores que buscam o que há de mais recente para reduzir os gastos e, ao mesmo tempo, aumentar a qualidade de sua produção. Este ano, cerca de 420 expositores marcaram presença e são esperados, nos três dias de evento, 30 mil visitantes.

No primeiro dia, com a presença do secretário estadual da Agricultura, foi lançado um novo conceito para o setor: a marca Fresh Brasil. O coordenador da Hortitec, Renato Opitz, informou que a nova marca nasce a partir da união dos setores da floricultura, horticultura e fruticultura, que passam a trabalhar juntos em nível nacional, capitaneados pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). E explicou: antes, quando se falava dos três setores, era usado o terno perecível, que é “negativo”, pois remete ao estragar logo. “É um reposicionamento. Queremos passar o conceito de fresco, que é um conceito e diferente e foi lançado hoje”, disse Opitz, na última quarta-feira.

Sobre a Hortitec, Opitz pontuou que a feira segue com tendências do “minimamente processado, produtos menores e mudinhas comestíveis”. “Há uma tendência nítida do consumidor em se alimentar melhor, em buscar uma comida natural, mais nutritiva”. O mercado também tem apostado em mais opções para atender um público mais crescente de vegetarianos e veganos: andando pela feira, é possível conferir um leque mais de legumes, frutas e hortaliças em cores, formas e tamanhos variados. E enquanto o Brasil vive constantes desafios políticos e econômicos, Opitz comenta: A Hortitec traz o mundo real do produtor. “Ele levanta e não vai ficar lamentando. Vai produzir e é por isso que este setor cresce, melhora a qualidade, reduz os custos e aumenta o PIB”.


Visitantes

Carlos Portillo veio do Paraguai, junto com outros quatro produtores, para visitar a Hortitec. Era sua segunda visita á feira: veio em 2017 e seu interesse era as novidades voltadas à produção de tomate, pimentão e melancia. “Estamos buscamos tecnologias que não encontramos em nosso país; queremos inovar a nossa área de atuação”. Uma passagem pela feira, disse que já tinha percebida que “é possível melhorar algumas coisas na linha de estufa e fertilizantes” e seria necessário verificar a possibilidade de exportação.

De Santa Isabel, Edson Hiromichi Iseri é produtor de goiaba e caqui. Veio visitar a feira junto com um grupo de Mogi das Cruzes e destacou que participa de cooperativas de sua cidade e do Conselho Municipal Rural. “Nos últimos anos, percebemos que a população tem buscado um produto mais saudável, algo mais natural”. E este era o foco de Iseri na feira: alternativas para reduzir ao máximo o uso de agrotóxicos. “Vou pegar informações e depois repassar para o grupo”, disse, ao frisar que já tinha percebido que muitas empresas estavam seguindo nesta mesma direção. “É levar um produto mais saudável para a mesa do consumidor final”, disse, ao frisar que a Hortitec é referência para “a horticultura, agricultura familiar e políticas públicas”.

O secretário de agricultura de São Miguel Arcanjo, Wesley Vieira Batista, acompanhava, na quarta-feira, um grupo de 45 produtores. E completou: na quinta-feira, a cidade enviaria mais um grupo para visitar a Hortitec. Ele informou que o forte de São Miguel Arcanjo é a produção rural e, por isto, a Prefeitura incentiva os produtores a investirem em tecnologia e conhecimento. “Contamos com cerca de 3 mil produtores, sendo cerca de 1,3 mil da agricultura familiar”. São frutas, legumes e hortaliças voltados ao abastecimento do mercado paulista. Já a uva, com produção entre dezembro e março, chega a ser exportada. “Nossa economia é agrícola e é o terceiro ano que trazemos nossos produtores à feira. Depois, eles se reúnem e trocam informações. Aqui, buscam informações, principalmente, ligadas à plasticultura, irrigação e sementes”.

Pela primeira vez na feira, Claudir Geiss estava acompanhando o filho que é produtor de flores em Holambra. Não buscava nada específico, mas ficou impressionado com as possibilidades de plantio – desde hortaliças até legumes – em espaços pequenos, como apartamentos. E logo justificou: está acostumado com grandes lavouras, pois é produtor de soja e trigo no Paraná. Gostou da Hortitec e espera visitar a feira outras vezes, pois tem planos para vir morar em Holambra.



Opitz: novo conceito e união das cadeiras de flores, frutas e hortaliças

Portillo: em busca de tecnologia para produção no Paraguai

Iseri: em busca de opções para levar produto mais natural à mesa do consumidor

Batista: secretário de São Miguel Arcanjo incentiva vinda de produtores à Holambra

Geiss: acostumado com grandes plantações, achou interessante opções para pequenos espaços


Resgate Histórico

Em 1997, cerca de 5 mil visitantes passaram pela 4ª Hortitec. Nos últimos anos, a feira recebe de 28 mil a 30 mil pessoas do Brasil e exterior.

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