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Moinho completa 15 anos com festa neste sábado

Evento comemorativo terá abertura oficial às 9h, na Praça do Moinho. Às 10h se apresenta a Fanfarra Amigos de Holambra e, na sequência, uma chuva de papéis coloridos encerra a programação da manhã. Às 14h, haverá apresentação de Dança Folclórica e do Grupo de Violeiros

Neste sábado, 8 de junho, Holambra vai comemorar o aniversário de um de seus mais famosos pontos turísticos. O Moinho Povos Unidos completa 15 anos de fundação e faz uma festa ao longo de todo o dia para comemorar as conquistas que não são poucas. A história deste que é o maior Moinho de Ventos da América Latina, construído exatamente nos moldes dos moinhos holandeses, é longa e cheia de passagens interessantes.

O Moinho é um bem do município, administrado pela Associação Povos Unidos, entidade sem fins lucrativos, formada por voluntários. Sua construção teve início em 2006 e levou um ano e meio para ser finalizada. As obras foram feitas por funcionários da Prefeitura, coordenados pelo arquiteto holandês Jan Heijdra, que doou o projeto ao município e veio da Holanda para acompanhar a construção.

Gilberto Wigman, hoje presidente da Associação, conta que naquele momento havia uma dificuldade a mais. O arquiteto não falava português e a comunicação com os funcionários era complicada. Foi preciso, então, encontrar tradutores, papel que coube a Tony Hulshof e Jan van Mierlo.

Uma vez concluída a obra, o Moinho foi inaugurado, no dia 12 de julho de 2008. Foi criada a Associação Povos Unidos, grupo formado pelas pessoas que idealizaram e trabalharam pela construção do Moinho em Holambra, e outras que se juntaram aos primeiros com o objetivo de, de fato, viabilizar seu funcionamento. Eram necessárias tomar muitas atitudes, uma vez que um Moinho não é apenas uma construção, um ponto de visitação. Ele precisa de manutenção, de limpeza, de cuidados e especialmente de pessoas que o operem.

Era preciso formar moleiros, que seriam as pessoas que, de fato, fariam o Moinho funcionar. Assim, a Associação conseguiu trazer da Holanda a moleira Wieke Goovers, que veio ao Brasil especialmente para ensinar o ofício em Holambra. Ao todo, foram formados 12 moleiros e duas guias moleiras, pessoas que ajudam a condução do trabalho.

Atualmente a cidade conta com sete moleiros, além de mais um, holandês, que chegou recentemente à cidade e também fará esse trabalho. Gilberto Wigman explica que é necessário um número significativo de pessoas, já que o Moinho não pode girar sem um moleiro habilitado. “Se o Moinho está girando é porque tem um moleiro lá, por isso nós sete nos revezamos para dar conta de estar sempre um de nós à disposição em todos os fins de semana, das 10h às 17h. Além de Gilberto, fazem esse trabalho, de forma voluntária, os moleiros Jan Eltink, Joseph Eltink, Guus Stoltenborg, Floop Welle, Tony Hulshof – o primeiro presidente da Associação - e Theo Koedooder.

Apesar dos esforços iniciais, fazer o Moinho ter vida de fato, se tornando o que é hoje - um dos pontos turísticos de destaque no Estado de São Paulo – não seria uma tarefa fácil e nem rápida. Em 2013, a Associação Povos Unidos apresentou um projeto à Prefeitura, elaborado por Tony Hulshof e Ivonne de Wit, entre outros, e em 2015 firmou um Termo de Colaboração com o município, assumindo a administração do Moinho. “Hoje a associação administra, faz a manutenção, as melhorias necessárias, além cuidar da orientação aos turistas. A verba utilizada para as ações necessárias de manutenção vem dos visitantes e das vendas da lojinha”, ressalta Gilberto. Recentemente, por exemplo, foi necessário importar da Holanda novas lonas para as pás do Moinho, explica o presidente.

Para Gilberto, brasileiro filho de holandeses, “cuidar” do Moinho de Holambra, um símbolo de sua terra de origem, é muito especial. “É bem gratificante. Grande parte dos visitantes pedem informações e é uma alegria contar toda essa história, falar das conquistas, das dificuldades, da importância do trabalho voluntário”, ressalta. “Quando passo o fim de semana todo como moleiro, o que acontece a cada seis semanas com cada um de nós do grupo, é bem pesado. Mas o cansaço nem aparece muito, pois termino o dia sempre muito feliz”, completa. Além de Gilberto, integram a diretoria da Associação os holambrenses Tony Hulshof, vice-presidente, Maria Timmermans e Sonia Pottes, secretárias, e Oduvaldo Pavinati Pinto.


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