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Mudanças agilizam atendimento na Policlínica


Morador passa a buscar as UBSs, reduzindo espera no pronto atendimento


Desde o início da quarentena, muitos holambrenses que rotineiramente buscavam atendimento na Policlínica deixaram de frequentar o local:


primeiro por medo de contrair doenças mas, também, porque o Departamento Municipal de Saúde aproveitou o momento para implantar medidas voltadas à otimização do espaço. Com isso, os PSFs passaram a receber mais pacientes e o atendimento na Policlínica, com redução de filas, ficou mais rápido. Para atender neste período de pandemia, a Policlínica também organizou o fluxo de pacientes com sintomas respiratórios e determinou áreas de isolamento. Esse mesmo procedimento ocorreu em todas as unidades básicas do município.


O diretor de Saúde, Valmir Iglecias, explicou que a pandemia antecipou a implantação do Protocolo de Manchester (que define a ordem de atendimento médico, de acordo com a gravidade do paciente: quanto mais grave for o quadro, mais rápido será o atendimento) e o referenciamento de casos subagudos e crônicos do Pronto Atendimento da Policlínica para as unidades básicas de saúde. “Foi um momento de conscientização de todos sobre as funções exercidas por cada equipamento de saúde do município. Acreditamos que esse seja o principal legado da pandemia em nosso sistema”, avaliou, ao frisar que neste período foi constatada uma redução significativa no número de atendimentos médicos em geral na Policlínica e, principalmente, de atendimentos a moradores com doenças subagudas e crônicas que deveriam, originalmente, passar pelas unidades básicas de saúde.


Assim, atualmente, quem procura a Policlínica apresentam queixas relacionadas a sintomas agudos, que requerem atendimento médico imediato. “Claro que ainda existem pacientes com queixas crônicas que procuram a Policlínica. Entretanto, com abertura das agendas das unidades básicas para livre demanda, acreditamos que isso se resolva a médio prazo”.


Policlínica ou PSF?

Iglecias explicou que o Pronto Atendimento da Policlínica é responsável pelos casos de média complexidade, como vítimas de acidentes ou outras situações com risco imediato de vida. Já as unidades básicas (UBS) são a porta de entrada do SUS e responsáveis por atendimentos de baixa complexidade. “Isso equivale, em números, a 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, como Policlínica e hospitais. Assim, como esse modelo é a base do funcionamento do SUS, pretendemos mantê-lo e, dentro do possível, aprimorá-lo”.


30 anos do SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 30 anos no último dia 19. Tendo como características ser “universal, regionalizado e hierarquizado”, o diretor de Saúde de Holambra explicou que o SUS atende às necessidades da população de acordo com as características de cada cidade, sempre seguindo a hierarquização dos atendimentos, ponto de partida para as mudanças recentes na rede pública de Holambra. “Atendimentos básicos e médios são oferecidos aqui em nossas unidades de saúde. Médios, em hospitais secundários como Jaguariúna e os AMEs (distribuídos pela região, em Amparo, Santa Bárbara D’Oeste, Campinas e Bragança Paulista). Casos de alta complexidade são assistidos por hospitais terciários e quaternários, como o HC da Unicamp e Estadual de Sumaré”.

Helga Vilela

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