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Não basta ser cão, tem que participar: conheça Lori, a cadelinha corredora

Tradição começou a partir da necessidade de trazer um estilo de vida mais saudável para o Pet

Noemi Almeida

Segunda de manhã: Diferente dos outros animais domésticos, Lori se levanta cedo pois o dia será cheio. Está se preparando para mais uma corrida. Estica o corpinho minúsculo na caminha que sua dona preparou. Todos os outros cachorros disseram que ela não ia conseguir, por ser pequena demais. Lori é uma corredora e está vencendo os obstáculos até aqui, com a ajuda de sua dona.


Esse trecho pode até pareces sinopse de filme, mas não é. Lori é uma cachorra holambrense. A vira-lata, abandonada prestes a ter filhotes, foi resgatada e cuidada por sua dona e se tornou um dos destaques na Corrida do Rei. Entretanto, não é apenas esse fato que revela a sua superação: o treinamento e esforço que Pet e sua dona percorreram já é de longa data.

“Tudo começou quando a Lori foi encontrada por mim, abandonada e há poucos dias de ter filhotinhos. Ela estava muito debilitada, talvez ainda mais porque estivesse prenha, mesmo assim foi amor à primeira vista”, conta Alessandra Caratti, mãe do cãozinho. Depois de cuidada, Lori se recuperou e se transformou em luz para a casa, enchendo todos com alegria e amor.

Apesar de ter uma nova vida, as adversidades ainda não tinham ficado para trás na vida de Lori. Numa visita de rotina ao veterinário, descobriu-se que o aumento de peso do pet poderia resultar em sérios problemas de saúde. “Foi assim, por acaso, que tive a ideia de trazer a Lori para as caminhadas que eu já fazia”, relata Alessandra. Depois disso levantar cedo e treinar, algo que é de grande dificuldade para alguns, se tornou o principal hobbie do animalzinho que dá forças também para sua dona. “Não fazia ideia que ela ia gostar tanto. É muito bom, porque ela me incentiva quando não quero ir”.

O hobbie se transformou em estilo de vida. Apesar da preguiça, correr libera endorfina, substância que faz o copo se sentir feliz. Por essa razão Lori e Alessandra, decidiram que em 2019 iriam mais longe: até o fim do ano criaram o objetivo de participarem de pelo menos 12 corridas juntas. Até o mês de abril a dupla já realizou provas na cidade de Limeira e nesse fim de semana concluíram todo o trajeto da Corrida do Rei, em Holambra.



Tive alguns cuidados antes de colocar a Lori pra correr”, explica Alessandra Caratti. Só é permitido que o animal realize provas desse tipo por ser de porte médio e por ter focinho comprido. Mesmo assim, adaptações precisaram ser feitas: “Criamos um protocolo de adaptação onde caminhamos juntas durante 10 dias, 5km por dia. Depois disso fui introduzindo de quilômetro em quilômetro a corrida, até chegarmos na faixa de 5k”. Hoje a dupla já percorre mais de 300 km entre corrida e caminhada.

“Esta é a segunda Corrida do Rei que participo. A primeira fui sozinha”, relata Alessandra. Certamente estar ao lado de Lori mudou a perspectiva das coisas e tornou o trajeto menos cansativo e mais divertido. Ambas as corredoras estão saudáveis e já se preparam para outras provas. A história de Lori e Alessandra inspirou outros animais. No último domingo outros participantes correram com seus cachorrinhos tornando o evento mais divertido e feliz.



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