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Pandemia teve reflexo em todos os setores em Holambra



Comércio e educação se adaptaram à nova realidade para se manterem ativos e recuperar o prejuízo



O ano de 2020 está acabando, mas o que ainda está sem data para terminar é a pandemia, que mudou completamente a vida das pessoas, que tiveram de se adaptar ao “novo normal”. Em Holambra, o isolamento social por conta da COVID-19 refletiu em variados setores.


A Marly M. Klein Gunnewiek Xavier - Presidente da Diretoria Executiva da Escola São Paulo conta que no mês de março tiveram de conviver com as incertezas que chegaram ao dia-a-dia para todos. “Pegos de surpresa, reunimos a equipe para comunicar que a melhor decisão seria antecipar as férias de julho imediatamente. Isso foi primordial para buscarmos uma solução de implantação de uma plataforma educacional online que garantisse acesso, comunicação de ensino e aprendizagem professor x aluno. Todo esse cenário nos faz concluir que somos fortes e que o trabalho em equipe faz toda a diferença para se alcançar as metas, mesmo que atípicas”, garante.


Flávio Fernandes Pacetta, Diretor da Unifaj (Centro Universitário de Jaguariúna) concorda com a colega e conta que a maior dificuldade foi transformar o ensino presencial em online com a mesma qualidade e dedicação de todos os envolvidos. “Já investíamos há mais de 10 anos em metodologias ativas. Com essa disposição em nosso DNA, e ainda nossa adesão às novas tecnologias, conseguimos promover a transformação rapidamente, mantendo as aulas nos mesmos horários e conseguindo passar o conhecimento de excelência para nossos alunos, que sempre foi nosso foco principal. No final, percebemos por meio de avaliações integrativas que o desempenho dos alunos melhorou, graças ao esforço deles e dos professores”, destaca.


Nas escolas públicas o cenário não foi diferente. “Acredito que um dos maiores desafios tenha sido a mudança no contexto educacional, que deixou de ter a presença física do professor e aluno em sala de aula como alicerce do ensino, para o uso das novas tecnologias como aliado. Apesar de trabalhar com uma geração super antenada ao mundo virtual, dificuldades foram encontradas durante esse ano, por exemplo, a falta de acesso à internet, ao domínio dos aplicativos entre outros”, explica a professora de Ciências Lenita Congentino Corrêa, da rede pública municipal de Holambra.


Comércio


Segundo a ACE – Associação Comercial e Empresarial de Holambra - os últimos meses foram extremamente desafiadores para todos os setores, o comércio e as empresas em geral chegam ao fim de 2020 bastante sobrecarregados. “Os desafios continuam e só poderão ser superados com o fim da pandemia. Acreditamos, porém, que as empresas estão mais aptas aos enfrentamentos que o novo ano poderá trazer, da mesma forma que a ACE e as instituições em geral. O que não muda é que todos continuaremos interdependentes e permaneceremos trabalhando em parceria”, ressalta a assessoria.


Roberto Van der Broek, proprietário do restaurante Madurodam sabe bem o que é este desafio. Com a chegada da quarentena, precisou fechar as portas, para acatar ao plano de governo do Estado. Depois passou a atender no sistema delivery, no qual não tinha experiência, teve sua mão de obra reduzida pela metade, já que alguns funcionários tiveram de ficar em casa e por fim, migraram para o sistema drive thru. “Temo ser obrigado a fechar novamente, o que seria terrível. Tenho esperança de que isso não venha a ocorrer. Não temos ainda a vacina, mas já temos protocolo de atendimento precoce, só precisa ser prescrito pelo médico”, acredita.


A organizadora de eventos Giuliana Mure disse que jamais viu um cenário que afetasse tantos profissionais. “Nosso setor, acredito que foi um dos mais prejudicados, porque oficialmente fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a retornar. Por outro lado, foi um ano de reflexão, amadurecimento e união. A empatia se destacou na ajuda e colaboração na luta da sobrevivência no setor, mas financeiramente foi devassador”, conta.


Nem tudo foram flores neste conturbado e pandêmico ano. Mas as flores fizeram a diferença para o consumidor que, isolado socialmente, aproveitou para cuidar do jardim e para decorar a casa com produtos naturais, e os ambientes residenciais que passaram a servir também como escritório (home office) e escola.


O presidente do Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura -, Kees Schoenmaker, informa que, no geral, o crescimento do setor no Brasil será de 10%, porém fortemente concentrado nos vasos com flores e plantas verdes (ornamentais). Foi a partir de maio que esse setor começou a fase de recuperação, com o Dia das Mães. As demissões no setor foram revertidas. Os produtores se readequaram, alguns mudaram os produtos. “Para o próximo ano, a gente estima um crescimento entre 8% e 9%, com o pé no chão e ainda considerando o impactado da Covid-19”, diz.


Para a Cooperativa Veiling Holambra (CVH), apesar de todos os contratempos vividos neste ano e da baixa sofrida pelos produtos de corte, devido ao cancelamento e à proibição dos eventos, a expectativa é de fechar o ano com crescimento entre 8% e 10% no faturamento geral, em relação a 2019. A avalição é feita pelo Departamento Comercial da Cooperativa. De acordo com os mais de 400 produtores da CVH, o papel da cooperativa foi fundamental para o enfrentamento da crise do setor.



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