top of page

Por trás das Flores: produtores abrem as portas para comunidade Holambrense

O Jornal da Cidade participou da Unifaj Estufas Abertas e conferiu de perto a produção nos campos de flores

O dia começou cedo para a equipe do Jornal da Cidade no domingo, dia 14 de abril. Às 9h da manhã, a equipe partiu da entrada oeste da Expoflora para um dia cheio de aprendizado sobre o negócio que mais traz dinheiro para a cidade: as flores.

Para o passeio foi alocada uma van, que levou os visitantes até o prédio da Faagroh, onde as primeiras aulas foram ministradas. Para quem ainda não entendeu bem como funciona a instituição, a Faculdade de Agronegócios de Holambra (Faagroh) surgiu como uma ideia para capacitar a população que trabalha nas estufas, por meio de cursos técnicos e superiores nas áreas de Agronegócio e Agronomia com ênfase em cultivo nas estufas.


Completando três anos, a instituição pertence ao Centro Universitário de Jaguariúna (Unifaj) e é totalmente diferente por apresentar um ensino prático, com as salas criadas em estufas de verdade. Quem entra no local logo se depara com hortas cultivadas dentro das salas, como laboratórios experimentais onde os alunos desenvolvem o que aprendem na teoria, criando inovações para Holambra e região enquanto. Uma ideia totalmente inovadora e com método de ensino utilizado nas grandes universidades dos Estados Unidos, fazendo de Holambra pioneira também na forma de ensino.


O grupo de visitantes que chegou ao local junto com a equipe do Jornal foi recebida pelos alunos, que fizeram um tour pelas salas explicando suas pesquisas e o funcionamento da instituição. Dentre os destaques apresentados está o desenvolvimento de substratos que fazem com que flores e plantas cresçam com mais saúde e vigor, traduzindo o tempo de cultivo menor. “Temos parceira com várias empresas e outras instituições de ensino como o Instituo Federal de Barretos, por exemplo. Por meio delas trocamos experiências e tecnologias que facilitam cada vez mais a vida dos produtores da cidade de Holambra e, consequentemente, os moradores da cidade que consomem as flores e os produtos agropecuários”, explica a guia da visita, que é aluna da primeira turma de agronegócio da instituição. Mesmo fora do evento, quem quiser visitar a Faagroh poderá conferir essas pesquisas e notará a visível diferença entre os produtos desenvolvidos na faculdade e os do mercado geral.




Depois da aula introdutória na instituição, os visitantes foram encaminhados para a primeira fase da visita às estufas. Dos produtores Isidorus Flores, Jan de Wit, Panorama Flores, Rancho Raízes, Van der Heijden e Viva Flora, foram escolhidas três opções para a manhã e três para tarde. A cada parada, detalhes sobre o desenvolvimento de novas espécies, negociações e comércio de plantas foram explicados, sendo que os visitantes podiam, inclusive, fazer na prática alguns dos trabalhos dos funcionários das estudas no dia a dia.

“Muita gente não fazia ideia de como que é a produção, de tudo que envolve para produzir as flores. Estamos sentindo a necessidade do público, o que as pessoas estão interessadas ou não, e como a gente está pronto ou não para atender esse público”, declarou Talitha de Wit, gerente administrativa da empresa Jan de Wit, que produz lírio (vaso e corte), tulipa (vaso e corte) e mini narciso. Ela ainda ressalta a importância do evento para a valorização das flores pelos moradores da região, que conhecem a fama da cidade mas não sabem a importância que as flores têm para agricultura do mundo, em geral. “É um momento em que o produtor tem contato direto com o público final para informar e até colher algumas informações para saber se o que estamos fazendo está certo”, complementa.




A organização do evento se inspirou Kom in de kas (Entre na Estufa), evento que acontece na Holanda desde 1977e que atrai milhares de turistas todos os anos. Aqui na Cidade das Flores não foi diferente: visitantes de todos os cantos do Estado estiveram presentes nas estufas e elogiaram a iniciativa do centro universitário. “Foi um evento que me proporcionou bastante aprendizado”, declarou Marcelo Kubota, que veio da Zona Sul de São Paulo para participar da visita. Kubota tem na família produtores de Crisântemos. Mesmo assim, apesar disso, aprendeu muitas coisas a respeito da planta, amplamente produzida em Holambra. Ele termina a entrevista afirmando que voltará outras vezes, já que o evento promete escolher estufas e produtores diferentes todos os anos.

O diretor da Faagroh, professor Geraldo Eisynk, também ficou impressionado com o resultado da divulgação do evento. “O número de visitantes superou nossa expectativa”, relata. De acordo com ele, nos próximos anos o objetivo é triplicar a participação do público.

De ponto em ponto, a equipe do Jornal da Cidade e os visitantes que estavam na mesma van ficavam deslumbrados com as peculiaridades das estufas. Sempre muito bem recepcionados pelos produtores, em alguns dos locais até havia café e lanches disponíveis para quem chegava. Dentre as perguntas e aulas extremamente claras e lúdicas, eram feitas pausas para registrar os marcantes momentos em meio à exuberância das flores que, com a umidade da chuva que caiu naquele dia, estavam mais bonitas do que nunca.



A visita termina por volta das 16h e todos os visitantes saem de lá repletos de conhecimento e boas histórias. “A maior contribuição que o evento traz é o aluno perceber o quando existe de alternativas boas na vida dele no mercado de plantas e flores”, defende o diretor da Faagroh. Uma iniciativa que, segundo ele, serviu como “injeção de ânimo” para uma boa percepção do negócio.


129 visualizações0 comentário
bottom of page