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Preparador Físico de Holambra é contratado pelo Ajax

Há 15 anos atuando na Europa, Alessandro Schoenmaker assina com o maior time holandês

Helga Vilela

O preparador físico Alessandro Schoenmaker acabou de trocar o Anderlecht, da Bélgica, pelo Ajax, da Holanda. O holambrense, com curta carreira no Brasil, está na Europa há 15 anos, atuou ao lado de profissionais renomados, e confessa: trabalhar no Ajax sempre foi um sonho.



Alessandro é formado em Educação Física pela Unicamp e, no Brasil, teve uma rápida passagem pelo Guarani antes de apostar na carreira internacional: em 2004, foi atuar como assistente de preparador físico no Utrecht, na Holanda. Cresceu no Utrecht e, após 5 anos, foi para o Twente. Foram três anos no Twente e, neste time, o holambrense foi campeão holandês em 2010. Na sequência, vieram os próximos desafios: ficou no Wolfsburg (Alemanha) até junho 2011 e depois foi para o Nottingham Forest (Inglaterra), onde ficou por um ano e meio. “Retornei para o Twente por mais dois anos e depois voltei para a Inglaterra, passando pelo Derby County & Newcastle United. Em 2016 me mudei para Itália e fui trabalhar na Internazionale Milão. Seis meses depois, retornei pela última vez à Inglaterra, no Crystal Palace”, resumiu Alessandro.

Este ano, Alessandro chegou ao clube mais popular e vitorioso do futebol belga, o Anderlecht. “Minha experiência no Anderlecht foi curta, mas talvez foi o clube mais difícil deixar: nele reencontrei o prazer no meu trabalho e profissão, pois após a saída do Crystal Palace estava pensando em dar outro rumo à minha carreira”, disse, ao citar que no Anderlecht teve a oportunidade de trabalhar novamente com o treinador Fred Rutten, que o havia levado para o Twente em sua primeira passagem pelo clube.

E, agora, o Ajax: time que já foi o melhor da Europa na primeira metade da década de 1970, base da seleção da Holanda de 1974. “A oportunidade de trabalhar no Ajax foi uma surpresa positiva. Após uma temporada fantástica – eles foram campeões holandeses e da Copa da Holanda e chegarem às semifinais da Champions League – foi com muito orgulho que aceitei o convite de trabalhar novamente com o treinador Erik Ten Hag, com o qual atuei juntamente com o Fred Rutten, noTwente”.

Alessandro destaca que o Ajax é “o maior clube holandês, com maior história” e completa: tem certeza que todos em Holambra já ouviram falar do clube. “Recebi muitas mensagens de pessoas orgulhosas por eu ter alcançado mais esta meta que é trabalhar em um clube de grande expressão mundial”.



Com passagens pelo futebol belga – a seleção da Bélgica lidera o ranking da Fifa – e holandês, Alessandro acompanha as duas seleções e comentou que ambas passam por momentos distintos. “A Holanda, com uma equipe jovem, tem apresentado um futebol atrativo e ofensivo como o Ajax. A seleção belga tem, no momento, o melhor grupo de jogadores da sua história, mas também passará pela transição em breve, pois tem vários jogadores acima dos 30 anos”.

Em relação ao Brasil e com experiência de 15 anos na Europa, Alessandro afirma que os clubes europeus estão mais avançados em relação ao Brasil quando se trata de preparação física e treinamento. E justifica: tem ligação com o valor investido no departamento de pesquisa e performance. “Mas com o pouco contato que tenho, sei que clubes como Atlético Paranaense, Corinthians e Palmeiras estão desenvolvendo trabalhos muito interessantes e se vê o reflexo dentro de campo”.

Sim, o Ajax sempre foi um grande sonho. Mas Alessandro admite que tem mais um: trabalhar no Brasil, numa equipe de ponta, para trazer sua experiência internacional ao seu país. “Até hoje a oportunidade ideal não apareceu, mas o sonho persiste”.

Sobre a preferência por um time, Alessandro é diplomático: quando se trabalha no futebol, não há time do coração. “Já tive e amigos sabem qual é. Mas eu defendo as cores do clube no qual trabalho e, agora, são vermelho e branco do Ajax”.

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