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Quarentena reforça a febre das lives

A orientação ainda é ‘fique em casa’ e as transmissões ao vivo aproximam profissionais e consumidor final


As apresentações ao vivo transmitidas pela internet – as lives – ganharam um impulso na pandemia, afinal, se transformaram numa forma rápida e eficaz do profissional chegar até o seu público. Fechados em casa (e esta orientação ainda é a mais eficaz para a prevenção do Coronavírus, que segue fazendo vítimas), todos buscavam desde lazer até informação, então as lives supriram esta carência.


Essas transmissões, num primeiro momento, foram usadas para esclarecer o público sobre cancelamentos de eventos e, na sequência, se transformaram num instrumento para artistas se promoverem e até para profissionais (como academias e escolas) seguirem com seu trabalho e rendimento.


A palestrante e produtora de eventos Dani Martins vem promovendo lives para iniciantes ou para quem busca um pouco mais de conhecimento nesta área (Muito + Q uma Live, veja site). Ela explicou que as lives sempre terão o comercial envolvido, mas também levam conhecimento e entretenimento. Para quem quer se arriscar, ela afirma que a interação é o principal ingrediente para despertar a atenção do público. “A dica de ouro é se preocupar com a experiência do cliente”, disse, ao citar ferramentas como uso de 3D e 4D, realidade virtual, realidade aumentada, entre outros.


No geral, ela destacou que os problemas mais comuns durante uma live são com internet, marcação/posição de palco, falta de costume com o ‘ao Vivo’ de quem está apresentando, cortes das câmeras fora do tempo, pronúncia dos nomes dos patrocinadores, palavrões, problemas com equipamentos, celulares que tocam e até doações fantasmas somente para fazer propaganda da empresa, entre outros. “É a interação do evento online que vai fazer toda a diferença em qualquer local, uma vez que as lives podem ser assistidas no mundo todo”.

Ela esclareceu que a duração de uma live dependerá do formato, pois não há uma regra, mas já se sabe que lives muito longas, com mais de duas horas, perdem muita audiência.


Esporte e arte

Logo que a pandemia começou e as aulas foram suspensas em Holambra, a educadora física Camila Braga disse que “precisou se movimentar” para chegar até seus alunos. Então apostou em duas ferramentas da internet: vídeos gravados no YouTube e lives pelo Instagram, ambos para grupos fechados. Além de três lives semanais para grupos fechados, ela ampliou a divulgação de seu trabalho a partir de uma live mensal aberta. E não pretende parar, pois conseguiu chegar não apenas aos seus alunos, mas alcançou pessoas que não conheciam seu trabalho. “Teve alunos que pararam porque não se adaptaram a esta nova realidade, mas outros que ainda não me conheciam vieram a ser meus alunos”. Ela reforçou que, por ser autônoma, apostou nas lives “porque precisava trabalhar” e não pretende parar com esta modalidade. “Tive dificuldades para me adaptar e no começo era muito difícil gravar, editar. Mas o que eu levava muito tempo no começo, hoje já faço rapidinho. Foi uma experiência maravilhosa e acredito que desafios fazem a gente crescer como profissional”.


Mesmo sem ter promovido lives exclusivas, a artista plástica Marisa Trippia participou de transmissões feitas por colegas de trabalho (numa delas, o tema abordou paisagismo e arte). “Acredito que as lives vieram para agregar e ficar. Neste período de pandemia, elas garantiram a interação com o nosso público, levaram conhecimento. Foi um despertar, porque as pessoas não estavam atentas a este ícone de comunicação que pode enriquecer o nosso dia-a-dia”.


As lives, já comuns no Veiling, foram intensificadas na pandemia “com um ótimo resultado, pois permite um feedback instantâneo e a possibilidade de estarmos mais próximos do público consumidor, dos profissionais e de toda a cadeia de flores e plantas”. Segundo o Veiling, houve uma interação maior com o público e essa aproximação contribuiu para conhecessem melhor o consumidor e o mercado de flores e plantas, principalmente regionalmente. “É, sem dúvida, um recurso de grande valia que confere maior segurança e credibilidade à empresa uma vez que permite tirar dúvidas em tempo real”. Para finalizar, uma dica do Veling: é preciso tratar temas diversificados e que vão ao encontro do interesse do público. “Por isso é importante a troca de informações durante as próprias transmissões. Isso pode contribuir para novos temas de interesse comum e, inclusive, um maior direcionamento e assertividade nos assuntos abordados”.

Passo a passo

1 – Pesquisa de mercado, identificar o público e assunto de interesse, assim como o motivo desta live: Por que? Pra que? Qual a finalidade dela?

2 – Definir o melhor local para transmissão (qual canal na internet e também o local físico de onde será transmitido), verificar se será público ou privado para definir qual a melhor plataforma de transmissão.

3 – Definir roteiro, conteúdo, falas, atrações, dinâmicas, sorteios

4 – Ensaiar, ensaiar e ensaiar, e coloca mais um ensaiar, se quem for apresentar não estiver acostumado com transmissão ao vivo.

Helga Vilela

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