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Saúde de Holambra estabelece nova rotina de atendimento


Medidas visam prevenção e combate do Coronavírus; cidade não tem casos da doença





Helga Vilela


Ir à Policlínica Municipal deve ser repensada neste período, quando várias medidas foram adotadas para a prevenção e combate ao Coronavírus. O clínico geral de Holambra, Marcelo Bisson, enfatizou que as mudanças propostas em todo o país e seguidas na cidade visam evitar uma grande quantidade de casos da doença em um curto período, o que levaria a um colapso no sistema de saúde. “Não é preciso parar tudo, mas todos devem adotar medidas preventivas para o achatamento da curva de contágio, os números de casos. Se nada for feito, teremos um pico rápido de contaminação, além da nossa capacidade de atendimento. Mas se tomarmos medidas preventivas, achataremos a curva. Teremos casos por um período maior de tempo, mas dentro da capacidade de atendimento”, explicou, referindo às ações adotadas pelo Brasil.


Levando em consideração o que aconteceu em outros países, Bisson informou que entre as pessoas que forem contaminadas, 80% devem apresentar sintomas levesou moderados. Dos 20% com sintomas graves, 15% vão precisar de internação hospitalar (enfermaria) e 5% irão para a UTI. “Se medidas não forem adotadas, como a paralisação das aulas e eventos com aglomerações, o sistema de saúde não conseguirá absorver essa demanda, pois já temos pessoas contaminadas, mas sem sintomas, que estão indo a eventos, usando o transporte público, e podem transmitir a doença. São Paulo registrou contaminação comunitária (quando não é possível determinar quem foi transmissor) e Holambra, por ser turística e empresarial, conta com alto fluxo de pessoas. Não é para parar a cidade, mas quem estiver doente deve ficar em casa”.


O médico ressaltou que por se tratar de um vírus novo, as medidas de prevenção e de protocolo de atendimento podem mudar diariamente para atender a demanda, mas Holambra está atenta para garantir a segurança de todos.

Na segunda-feira, por exemplo, para ser considerado caso suspeito a pessoa teria de ter viajado nos últimos 14 dias para o exterior e apresentado sintomas de febre e sinais respiratórios, como tosse e coriza. Outro critério era estar com febre ou um sinal respiratório e ter tido contato próximo com alguém suspeito (contato direto ou ficado no mesmo ambiente por 15 minutos). E era considerado caso provável quem apresentasse sintomas após ter ficado dentro do mesmo domicílio com um paciente suspeito ou confirmado da doença. Na segunda-feira, dia 16, um paciente foi inicialmente considerado suspeito na cidade, mas foi descartado em seguida porque sua história epidemiológica não se encaixava nos critérios determinados pelo Ministério da Saúde. Até a última quarta-feira, a cidade não tinha registros da doença.


Mudanças no atendimento


Desde a última segunda-feira, a Policlínica passou a contar com espaço específico de espera para pessoas com sintomas respiratórios. Em caso suspeito da doença, o paciente será imediatamente isolado. Para evitar risco de contágio, pacientes com consultas e exames agendados na Policlínica devem acessar o prédio pela porta lateral.

O médico espera que a população entenda quando deve procurar o Pronto Socorro e quando deve passar, primeiro, na unidade de saúde de seu bairro (confira box). “Se todos vierem para a Policlínica sem necessidade, correrão o risco de contaminação caso haja um caso suspeito”.


Bisson também pediu a colaboração dos empresários: enquanto a cidade não tiver casos da doença, se um funcionário apresentar sintomas de gripe ou resfriado, o ideal é que permaneça sete dias em casa, sem necessidade de passar pela Saúde. Se a cidade confirmar casos, são indicados 14 dias de afastamento ou até os sintomas passarem. “Esta consciência dos empresários ajudará a não sobrecarregar o sistema de saúde, pois o funcionário não terá de ir até Policlínica para pegar atestado. E quem estiver doente, deve evitar sair de casa”.


O diretor de Saúde de Holambra, Valmir Marcelo Iglecias, esclareceu que o setor adotou novo protocolo há três semanas, com o uso de máscaras, antes da confirmação dos primeiros casos comunitários no país. “Tudo foi feito seguindo normas do Ministério da Saúde e agora temos uma equipe treinada, uma área específica de isolamento e vamos restringir a área de acesso para quem está na Policlínica”.

Por fim, reforçaram que os idosos apresentam quadro pior quando infectados e, por isto, torna-se necessário evitar aglomerações. “Neste momento, todos devem ser prudentes, ter cautela. Não é para pânico, mas para conscientização”, pontuaram.


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