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TSE avalia impactos da pandemia nas eleições deste ano


Possibilidade de mudanças no calendário eleitoral divide vereadores de Holambra



O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou um Grupo de Trabalho que terá por objetivo medir os impactos da pandemia do novo Coronavírus nas atividades da Justiça Eleitoral, principalmente relacionadas às Eleições Municipais de 2020. A data da eleição está prevista na Constituição e, portanto, qualquer alteração terá de ser feita pelo Congresso por meio de emenda constitucional (a própria Constituição estabelece que as regras não podem mudar a menos de um ano antes da eleição). Pela Constituição, as eleições precisam ser realizadas no primeiro domingo de outubro e no último domingo de outubro (segundo turno). Os prazos referentes à fidelidade partidária e sobre troca de domicílio eleitoral para onde o candidato pretende concorrer já venceram. Mas se até julho vigorar a restrição para realização de eventos, as convenções partidárias poderão ser inviabilizadas. Pela lei eleitoral, o prazo para escolha dos candidatos é de 20 de julho até 5 de agosto.

Em Holambra, parte dos vereadores prefere esperar um pouco mais antes de defender a possibilidade de um adiamento nas eleições. O presidente da Casa, Lucas Simioni (MDB), considera que ainda é cedo para medir os impactos relacionados às eleições municipais 2020. “Acredito que esse momento difícil vai passar logo e que as datas venham a ser mantidas”. Posição semelhante são defendidas por Aparecido Lopes da Silva Lima (Cido Urso/Podemos) e Eduardo da Silva (Pernambuco/PSD). “Por enquanto não sou favorável ao cancelamento ou adiamento”, frisa Cido Urso. Para Pernambuco, é preciso aguardar os próximos meses para saber se haverá algum dano ao período eleitoral. “Tenho fé que tudo isso acabará logo e que vamos retomar nossa rotina o mais breve possível”. Mauro Sérgio de Oliveira (Serjão/PTB) também acredita ainda ser cedo para qualquer mudança, sendo necessário aguardar o fim da quarentena (sem data prevista). “Precisamos aguardar o período de quarentena e ver os números de casos no país. Tenho fé que esse pesadelo vai acabar e vamos poder voltar nossas vidas ao normal”. Apesar de ainda considerar prematuro defender uma mudança na data das eleições, Naiara Hendrikx (PSD) aposta na necessidade de uma campanha diferente. “Por mais que a pandemia acabe, as pessoas serão mais cuidadosas em relação ao contato casa a casa e um distanciamento será mantido por um bom tempo diante dos reflexos da doença”.

Posição diferente é defendida pelos demais vereadores. Jacinta van den Heijden (PSDB) é favorável a uma mudança na data das eleições ou adiamento, pois acredita que a pandemia “vai interferir e muito no período de pré-campanha e campanha”. “As pessoas estão com as atenções voltadas a questões emergenciais, como saúde, economia e segurança pública”, resumiu. Colega de partido, Edison Itamar Picão (Edison da Farmácia) destaca que, como farmacêutico, acredita “que o pico maior (da pandemia) ainda está por vir e que o resultado dos exames que estão esperando vão impactar nas futuras decisões do governo”. “Sou favor a uma mudança de data nas eleições”, afirma. Jesus Aparecido de Souza (Jesus da Farmácia/PSD) é favorável a uma nova data “caso o problema que o país vem enfrentando não seja solucionado rapidamente”. “A quarentena atrapalha diretamente o contato com a população. Torço muito para que esse momento difícil acabe o mais rápido possível e que possamos retomar nosso dia a dia ao lado dos holambrenses”. Por fim, Mário Sitta (PSDB) defende o cancelamento das eleições e o direcionamento da verba dos partidos em prol da pandemia. “O mundo já não será o mesmo após essa crise, com certeza as eleições serão afetadas, mas é cedo pra falar de qual forma”.


Helga Vilela

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