top of page

No mar laranja tem torcedor holambrense



A Holanda está em festa. Pela primeira vez na história da Fórmula 1 um piloto holandês tem a chance de se tornar campeão mundial da categoria.

A façanha pode ser conquistada pelo jovem Max Verstappen de 24 anos. Caso alcance o triunfo, Max será o segundo piloto mais jovem a conquistar um título da Fórmula 1, ficando apenas atrás do alemão Sebastian Vettel.


Os holandeses já tiveram outros pilotos na categoria, mas nenhum deles conseguiu se destacar na categoria mais cobiçada do automobilismo. Coincidentemente o último piloto do país a conseguir marcar pontos na F1 foi o pai de Max, Jos Verstappen, que participou de 107 corridas, marcando apenas 17 pontos.


Competição acirrada

O campeonato deste ano é considerado o mais equilibrado dos últimos 20 anos. O holandês lidera a competição com 351,5 pontos, oito a mais que o heptacampeão mundial Lews Hamilton.

Faltando duas corridas para o final do campeonato e com 52 pontos em jogo é difícil imaginar que a decisão não ficará para a última corrida que será realizada em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.

Verstappen pode ser campeão já no próximo GP da Arábia Saudita, mas para isso precisa vencer a corrida e torcer para que o inglês chegue na melhor das hipóteses em sexto lugar.

Nas últimas corridas a equipe Mercedes teve uma evolução muito grande em seu carro o que proporcionou as duas vitórias de Hamilton e a impressão que o heptacampeão mundial deve vencer o campeonato.


Tudo especulação

É impossível prever o que vem pela frente, os números de Max são incríveis (veja quadro ao lado) o que torna a disputa pelo campeonato totalmente indefinida.

Uma temporada de muito equilíbrio

A atual temporada da Fórmula 1 é considerada a mais equilibrada dos últimos 20 anos. Seis pilotos de quatro equipes diferentes já venceram ao menos uma corrida no ano.

Para os especialistas o que explica uma competição tão acirrada é a mudança drástica para o regulamento da próxima temporada. Visando uma maior número de ultrapassagens, os carros terão mundanças significativas em sua construção, com isso, as grandes equipes pouco investiram nas melhorias do carro deste ano, dando mais chance assim para que as equipes menores chegassem mais perto das poderosas Mercedes e Red Bull.


Título Histórico

A Mercedes tem dominado a F1 desde 2014. As flechas de prata venceram os últimos sete títulos mundiais em sequência, seis deles com Hamilton e um com o alemão Niko Rosberg. Caso Verstappen vença o campeonato será o segundo piloto da Red Bull a conquistar um título mundial e se juntará a Vettel que é tetra campeão pela equipe.


Por Maurício Aires


Torcida pelo holandês Max Verstappen



Além de fã da competição automobilística, o empresário do setor alimentício Frank Martin Gerritsen trabalha há 11 anos nas corridas da categoria no Brasil. De acordo com ele, a sensação de andar pelos bastidores da F1 é “sempre única”. “Com o passar dos anos, fomos fazendo muitas amizades e um grande network. Através disso, temos contato com a organização, que nos permite visitação aos Paddocks (bastidores) da corrida”.




Com mais de uma década percorrendo os paddocks, Frank conta que teve contato com praticamente todos os pilotos. “Vemos como é um ambiente de pura tecnologia e organização. Aliás, a organização da Fórmula 1 do Brasil ganhou o prêmio em 2018 da melhor organização da F1 do mundo”, ressaltou.

Durante a competição, o empresário se divide entre os negócios e a “tietagem” às estrelas da F1. Ele aproveitou, nos intervalos, para cumprimentar e tirar uma foto com Verstappen. “Foi bem legal, ele é uma pessoa simples e de boa. Notei que as desavenças entre pilotos só acontecem nas pistas, pois nos bastidores é uma amizade só, foi o que mais me chamou a atenção”, destaca.

O empresário holambrense não esconde sua torcida por Verstappen e diz que o holandês merece o campeonato deste ano. “Quando ele começou, não tinha nem carta de motorista e vem provando a cada ano que tem que ser bom mesmo, pois não é brincadeira a velocidade e o constante risco que eles encaram toda corrida” .


Torcida ‘organizada’


Muitos holambrenses acompanham a corrida só de casa. Mas há outros que vão não só às corridas no Brasil, mas aos treinos classificatórios. Existem também aqueles que se organizam, em grupos, para assistir à competição.

O empresário Márcio Lira, conhecido como Tupã, disse que acompanha a F1 desde criança e pôde ver as vitórias do principal piloto brasileiro, Ayrton Senna. “Vejo as corridas com amigos e a família e é muito bom poder dividir essa paixão com meu filho, que mesmo pequeno já curte bastante”.

Ele esteve neste ano no Autódromo José Carlos Pace (Interlagos), em São Paulo, e define a experiência como “sensacional”. “Ver de perto as disputas e ultrapassagens dá muito mais emoção do que pela televisão”.

Tupã salientou que é um momento único a decisão do campeonato da F1. Isso porque, conforme explica o empresário, nas últimas temporadas a competição foi decidida muito antes das últimas corridas e, dessa vez, ele acredita que será definida só na última etapa. “A disputa deixa o esporte muito mais interessante para quem gosta de acompanhar”, reforça.

O empresário conta que teve a oportunidade de assistir a vitória de Verstappen, em Interlagos, em 2019. “Naquela ocasião, o campeonato já estava definido, mas ele fez uma corrida espetacular. Dessa vez ainda está em jogo o campeonato, a torcida fica ainda maior”.

Decisão para última corrida

As últimas duas corridas deverão ser um teste cardíaco, porque não faltará emoção. O professor de educação física Lucas Krabbenborg conta que sempre acompanhou a Fórmula 1, mas há dois anos teve oportunidade de ir pela primeira vez a Interlagos.

A experiência de assistir ao vivo fez o interesse dele aumentar pela competição automobilística. Neste ano, no autódromo, Lucas comenta que a “sensação foi inexplicável”. “Uma mistura de emoções, fui na torcida pelo Verstappen e ele ficou em segundo lugar. O inglês Hamilton é um ‘absurdo’. Tipo de atleta que vai passar gerações e sempre será lembrado. Tipo Senna, Jordan, Pelé entre outros”, avalia.

O professor acredita na vitória do Verstappen, mesmo com a performance crescente de Hamilton nas duas últimas corridas. “O holandês tem um estilo de pilotagem que me faz acreditar que é possível. A decisão vai ficar para última corrida da temporada, vamos juntar o pessoal que foi para Interlagos este ano e outros fãs do Verstappen, o ‘Super Max’, para assistirmos e torcer por ele”, vibra Lucas.


Por Esdras Domingos


102 visualizações0 comentário
bottom of page